Adjaderson Britez da Silva, de 32 anos, foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (14) na quitinete onde morava, localizada no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande. Adjaderson era réu pelo assassinato de Aguinaldo Rodrigues da Silva, crime ocorrido em 27 de fevereiro de 2020, no Jardim São Conrado, também na Capital.
Segundo o boletim de ocorrência, foi o ex-padrasto de Adjaderson quem encontrou o corpo. Ele precisou arrombar a porta da quitinete e encontrou o homem desacordado em cima da cama. Apesar dos esforços para socorrê-lo, a morte foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros que chegou ao local.
A mãe de Adjaderson e também ré no caso do assassinato de Aguinaldo, informou às autoridades que seu filho era usuário de drogas, consumia bebidas alcoólicas e, em algumas ocasiões, chegou a furtar medicamentos controlados dela. Não foram encontrados sinais de violência na quitinete, mas o boletim de ocorrência relata “sinais de grande hemorragia no corpo da vítima e em papel higiênico depositado no cesto de lixo do banheiro”. A morte está sendo investigada pelas autoridades competentes.
O caso de Aguinaldo Rodrigues, que levou Adjaderson a ser réu, é marcado por violência extrema e envolve o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aguinaldo foi encontrado morto em um terreno ao lado da casa de sua ex-companheira, Ugnelma. Ele não aceitava o fim do relacionamento e perseguia Ugnelma, chegando a invadir a residência onde ela morava.
Com medo, Adjaderson e sua mãe, decidiram matar Aguinaldo com a ajuda de Leonel Ricardo Gonçalves Francisco, conhecido como “Cruel”, um “disciplina” do PCC. Em uma das ocasiões, após Aguinaldo invadir a casa novamente, Ugnelma avisou Cruel, que foi até o local armado com um pedaço de madeira. Encontrando Aguinaldo no terreno ao lado, ele desferiu vários golpes contra a vítima, que morreu no local. Há indícios de que tentaram queimar o corpo para ocultar as provas, mas não conseguiram.
Agora, com a morte de Adjaderson, o caso ganha mais um capítulo e as circunstâncias de sua morte ainda são desconhecidas. A a investigação deve esclarecer se houve algum tipo de envolvimento externo ou se foi provocada por outras circunstâncias.
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