Homem alega que matou ex-mulher por ter sido chamado de “corno”

Foto: João Éric/O Pantaneiro
Foto: João Éric/O Pantaneiro

O autor do assassinato da ex-companheira Adriana Pereira, de 36 anos, confessou o crime ao se entregar da Delegacia de Polícia de Anastácio, na terça-feira (25). Em depoimento, ele disse que a vítima teria o chamado de “corno”, o que teria motivado os disparos.

O homem confessou o crime e que havia ingerido quatro latas de cerveja, mas alegou que não estava embriagado. No dia do crime, ele conta que discutiu com a vítima e que estava cansado de ser chamado de “corno”. Adriana foi atingida por cinco disparos.

Ao O Pantaneiro, a delegada Karolina Souza Pereira, informou que a investigação continua para saber se o depoimento dele bate, pois o suposto autor diz que a filha da vítima estava do lado de fora do bar e escutou apenas os disparos. Enquanto no boletim de ocorrência, foi registrado que a criança viu a mãe ser morta.

Ele diz que chegou para entregar um dinheiro referente a compra de uma bicicleta para a filha, quando começaram a discutir. Ele confessou que atirou uma vez, saiu andando e não viu os outros tiros, é o que o laudo pericial vai apontar”, aponta a delegada.

Ainda conforme a titular, um xingamento teria causado revolta no ex-marido. “Ele alega que a vítima o chamou de corno, isso teria gerado revolta, só depois pensou em matá-la. Porém, a polícia acredita que ele já tenha ido nessa intenção.

“O autor estava em um relacionamento com outra mulher há sete meses, portanto, o apelido direcionado a ele seria do relacionamento passado, não do atual. É algo diferente, pois geralmente o agressor que já está em outro relacionamento não tende a voltar para prejudicar a ex. O celular da vítima está sendo analisado”, conclui a delegada.

A Polícia Civil aguarda os laudos e continua ouvindo testemunhas. O inquérito deve ser concluído em 10 dias, mas adianta que câmeras de segurança e outros depoimentos estão sendo analisados para conferir o relato do suspeito.

Ficha por violência

O rapaz possui uma extensa ficha criminal por violência doméstica de vários relacionamentos. A delegada diz que há passagens desde 2008 por mulheres que procuraram a delegacia para registrar queixas. Ele se encontra preso no presídio da região e aguarda audiência de custódia. Acesse também: Acidente em trecho com ultrapassagem proibida na BR-163 deixa vítima fatal

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