Neste último domingo (15), uma operação de resgate conduzida pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) resultou no salvamento de uma jovem que havia sido mantida em cativeiro e submetida a terríveis atos de violência. A vítima, foi encontrada amarrada, amordaçada e com os olhos vendados nas proximidades da antiga Estação Ferroviária Trem do Pantanal, em uma situação de cárcere privado e tortura.
O relato da operação foi documentado por meio do Boletim de Atendimento da GCM, relatando que a guarnição da viatura GM-77 foi alertada por um vigilante sobre a presença de uma mulher em situação alarmante. Ao chegarem ao local, os agentes de segurança se depararam com a vítima em estado deplorável, com os membros amarrados e incapaz de se comunicar devido à mordaça e venda nos olhos. As cordas foram cortadas e a jovem, apesar das condições extremas, demonstrou estar consciente.
Sem qualquer informação relevante, a vítima foi submetida a uma situação de cárcere privado, onde sofreu tanto tortura física quanto psicológica. A jovem descreveu que, durante seu período de cativeiro, foi levada de uma casa para outra, onde indivíduos armados a agrediam com paus e outros objetos. Posteriormente, foi transportada no porta-malas de um veículo, ainda amarrada e vendada, sendo finalmente abandonada nas proximidades da Estação Ferroviária Trem do Pantanal.
A motivação por trás desse ato foi a busca pelo ex-marido da vítima, conhecido como “Magrinho”. De acordo com o relato da mulher, Magrinho, supostamente envolvido com tráfico de drogas, teria obtido uma grande quantidade de entorpecentes com uma facção criminosa rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção criminosa acreditou que a mulher detinha informações que poderiam levar à sua localização.
As informações de identificação foram posteriormente obtidas por meio do sistema SIGO, que confirmou a identidade da vítima, bem como seu extenso histórico criminal, que inclui passagens por tráfico de drogas, porte de arma, roubo e outros delitos. A vítima revelou aos agentes que estava sendo submetida a um sequestro de quatro a cinco dias de duração, durante os quais foi mantida em cativeiro por indivíduos pertencentes a uma facção criminosa.
Devido à intensidade das agressões sofridas, a vítima estava sofrendo intensas dores e, por isso, foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Santa Mônica, onde recebeu atendimento médico antes de ser liberada. Logo em seguida, ela foi conduzida ao Centro Integrado de Polícia Especializada (Cepol) para prestar depoimento e permitir que as medidas cabíveis fossem tomadas pelas autoridades competentes.
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