Em 3º feminicídio do ano, ‘ciúmes’ ainda é alegação para crime

Foto: Reprodução/Coxim Agora
Foto: Reprodução/Coxim Agora

Marta Leila Silva Neto, de 36 anos, foi o terceiro caso de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2024, e a causa da morte seria ‘ciúmes’. O crime aconteceu na noite deste domingo (21), na rua Curitiba, distrito de Silviolândia, em Coxim, município a 251 quilômetros de Campo Grande e o autor foi identificado como Sipriano Nascimento de Oliveira, de 52 anos, companheiro de Marta.

Conforme informações do portal local Coxim Agora, a vítima e o autor mantinham um relacionamento conturbado, com idas e vindas marcadas pelo ciúme de Sipriano. Logo após uma discussão, Marta teria mandado o homem embora da residência.

Enquanto Sipriano saia do local, os dois começaram uma nova briga, momento em que a vítima pegou uma faca de cozinha e tentou desferir golpes contra o homem. Ele também se apoderou de uma faca e desferiu diversos golpes contra a vítima, que morreu no local.

O autor ainda tentou se suicidar em seguida, também com golpes de faca contra si. Ele foi levado para o Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva e não corre risco de vida.

Ainda segundo o portal, foram os vizinhos que acionaram a polícia, após ouviram pedidos de socorro. A vítima foi encontrada nos fundos da casa, com seis perfurações no corpo. Equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas a mulher não resistiu aos ferimentos. Marta deixou uma filha de 14 anos.

Este é o terceiro caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul somente este ano. Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que três mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º e 22 de janeiro de 2024, em Mato Grosso do Sul. Em 2023, 31 mulheres foram mortas.

Feminicídio

Feminicídio é o assassinato de mulheres por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Serviço:

Em caso de denúncia, ligue 180 para a Central de Atendimento à Mulher – a qual presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

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