Edson Barbosa Rodrigues, dono do tradicional supermercado Alemão, localizado na Rua Calógeras, região central de Campo Grande, e Máximo Aranda, proprietário de uma rede de chiparia na Capital, foram soltos pela Justiça, nesta quinta-feira (7), após pagarem, cada um, fiança de R$ 14,1 mil por comprarem mercadoria furtada. A prisão aconteceu na tarde dessa quarta-feira (6).
Conforme decisão do juiz Tadeu Carvalho, ficou estabelecido o pagamento de 10 salários mínimos para a soltura dos empresários, que não poderão mudar de endereço por mais de oito dias sem que isso seja comunicado à Justiça.
A Polícia Civil informou que a Operação Miragem terminou com prisão de integrantes de uma organização criminosa responsável por aplicar golpes em diversas empresas no Mato Grosso do Sul, no dia 22 outubro, quando foram iniciadas as investigações.
O proprietário de uma grande metalúrgica da Capital registrou boletim de ocorrência afirmando ter sido vítima de estelionato, quando os suspeitos, se passando por representantes de uma rede de supermercados com grande credibilidade no Estado, adquiriram uma carga em tubos de aço avaliada em cerca de R$ 90 mil.
A partir daí, a equipe de investigação da 3ª Delegacia de Polícia investigou o fato, descobrindo tratar-se de um grupo que falsificava mecanismos utilizados no comércio para averiguação da autenticidade do cliente por meio de documentações, e-mails e sites fraudados, levando a vítima a acreditar na fidedignidade da empresa, sendo por esse motivo autorizada a venda, apenas se revelando o golpe após a não compensação dos boletos.
No dia 25 de outubro, foi realizada a prisão em flagrante de dois envolvidos na ação delituosa, na qual inicialmente um seria o responsável pela logística de pagamentos do grupo e o outro tinha a função de efetivar estes pagamentos. A equipe identificou um suposto receptador das cargas de aço em um distrito de Aquidauana, onde foi localizado objeto de estelionato praticado pelo grupo no município de Três Lagoas, no dia 15 de outubro.
Nesse caso, os suspeitos subtraíram R$ 120 mil em telhas e R$ 183 mil em perfil metálico, sendo parte localizada sem utilização ainda em uma obra de condomínio fechado no município. Através disso, os investigadores fizeram diligências e encontraram o proprietário do empreendimento, que foi preso em flagrante por receptação qualificada.
Em continuidade, foi possível identificar uma terceira vítima em Ponta Porã, que havia vendido 24 mil quilos de fécula, com valor estimado em R$ 74 mil. Os criminosos induziram a vítima ao erro utilizando as mesmas práticas aplicadas contra as outras duas vítimas, conforme informado pela Polícia Civil.
A equipe realizou novas diligências, localizando 459 sacos do produto no Alemão Conveniência e na Máximo chiparia, no Bairro Guanandi, em Campo Grande.
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