Audiência cobra regulamentação de leis para reduzir furtos de fios de cobre

Divulgação
Divulgação

Diariamente, casos de furtos de fios de cobre têm sido registrados em Campo Grande, causando prejuízos ao poder público e também para empresas privadas. Somente em relação aos semáforos de trânsito, as perdas alcançaram R$ 1,6 milhão, contabilizando 700 ocorrências registradas desde 2019. O tema foi debatido em Audiência Pública na Câmara Municipal de Campo Grande, na manhã desta segunda-feira, dia 22. O debate foi proposto pelo vereador Prof. André Luis, presidente da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana, e secretariado pelo vereador Zé da Farmácia

A necessidade de regulamentação de legislação municipal, que ajudaria a coibir os crimes, é uma das urgências cobradas durante a Audiência. Já estão em vigor a Lei Municipal 6.436/20, do ex-vereador João César Mattogrosso, e a Lei Complementar 457/22, dos vereadores Coronel Villasanti e Tiago Vargas, que dispõe sobre a atuação das empresas do ramo de sucata, ferro-velho, desmanche, comércio de peças usadas e congêneres. A norma prevê multa de até R$ 10 mil por infração cometida.

Prejuízos – Campo Grande conta com 642 cruzamentos semaforizados nas sete regiões urbanas de Campo Grande. Sidnei Oshiro, diretor de trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, falou do impacto no dia a dia e apresentou dados sobre os prejuízos. Os crimes aumentaram desde 2019, quando 3.180 metros de cabos foram furtados. No ano de 2021, foram 17.629 metros furtados. Desde então, foram R$ 1,6 milhão de prejuízos acumulados, somando ainda as perdas com controladores de trânsito dos semáforos que passaram a ser furtados. Há ainda mais de 700 boletins de ocorrência elaborados. “Temos ainda prejuízos que não podem ser mensurados, como os problemas no trânsito que podem resultar em vítimas”, disse.

Representantes do Procon de Mato Grosso do Sul reforçaram a necessidade de regulamentação das normas. Nilza Yamasaki, secretária-executiva de orientação e defesa do consumidor do Procon/MS, falou dos prejuízos aos consumidores, que ficam sem os serviços prestados. “Podemos ter iniciativas em três níveis: municipal, estadual e federal. Tem projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados e temos um caminho para o Legislativo regular a parte administrativa da venda desses produtos”, disse.

Rosemeire da Costa, coordenadora de atendimento, orientação e fiscalização do Procon/MS, ressaltou que a população brasileira vem pagando pelas essas perdas e que todos esses prejuízos impactam na tarifa. Ela recordou do aumento do quilo do cobre e do alumínio, que refletiram no aumento dos furtos e, por isso, a necessidade ainda maior de regular essa comercialização.

Representando a operadora de telefonia Claro, Rosemagno Pereira, disse que a telefonia vem sendo penalizada. “Estamos pedindo socorro e viemos expor nossa situação. Hoje, o vândalo corta o fio e o cliente é prejudicado, todo um núcleo precisa ser acionado para solucionar esse problema, gerando reclamações”, disse.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

Leia mais: Câmara municipal vai lançar campanha para reforçar cuidados no trânsito

Câmara municipal vai lançar campanha para reforçar cuidados no trânsito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *