Atendimento a crianças vítimas de estupro quadruplica no último semestre

Foto: João G. Vilalba/O Estado Online
Foto: João G. Vilalba/O Estado Online

A Defensoria Pública de MS, por meio do Nudeca (Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente), registra um aumento expressivo nos atendimentos a vítimas de estupro de vulnerável em Campo Grande. A comparação é feita entre o último semestre de 2021, com 12 atendimentos, e o primeiro semestre de 2022, com um salto para 48.

Esses números estão relacionados aos casos que chegam à Defensoria Pública de MS, no entanto, estatísticas online da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) revelam que delegacias de Polícia Civil da Capital receberam mais de 250 denúncias de crianças e adolescentes vítimas de estupro.

A coordenadora do Nudeca, defensora pública Débora Maria de Souza Paulino, explica que um fator relevante é que qualquer pessoa que presencie ou receba denúncia de violência sexual contra crianças e adolescentes pode encaminhar as informações aos órgãos de defesa, porque o crime de estupro contra vulnerável é de ação pública incondicionada, ou seja, independe de representação da vítima ou de um familiar.

“Houve uma subnotificação em 2020, devido ao isolamento social e fechamento das escolas, porém, a volta à sala de aula tem trazido à tona os números, pois a escola é o ambiente onde a criança e o adolescente se sentem mais seguros para fazê-lo”, pontua a defensora.

Coordenadora do Nudeca, defensora pública Debora Maria de Souza Paulino.

O Nudeca teve, inclusive, forte atuação no acompanhamento e monitoramento da volta às aulas presenciais da rede pública e acompanhamento e atendimento de casos de violência contra crianças e adolescentes, especialmente em casos de crimes sexuais.

“É um atendimento que tem de ser feito com mais tranquilidade. A pessoa tem de receber, seja ela a própria vítima ou familiar da vítima, um acolhimento, pois são pessoas que já chegam muito fragilizadas, já passaram por outros lugares. É nesse contato que já encaminhamos essas crianças ou adolescentes ao setor psicossocial”, pontua a defensora. Acesse também: Dono de conveniência é morto a tiros na Capital

Com informações da assessoria

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