Assassino de mãe e bebê é transferido para presídio após ser agredido por detentos em cela da DHPP

Foto: reprodução/Polícia Civil
Foto: reprodução/Polícia Civil

João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos, preso pelo assassinato brutal da companheira Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha do casal, a bebê Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foi transferido nesta semana para a Penitenciária Gameleira II, em Campo Grande. A transferência ocorreu após o suspeito ter sido agredido por colegas de cela enquanto aguardava audiência de custódia na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo informações apuradas, os outros presos não teriam aceitado conviver com João devido à gravidade e à natureza do crime. Após a agressão, ele foi isolado pelas autoridades e permanece sob custódia, à espera das decisões judiciais que devem definir os próximos passos do processo.

Crime premeditado e brutal

O duplo homicídio, que chocou Campo Grande, ocorreu na última segunda-feira (26). João foi preso no dia seguinte, já sob suspeita, ao tentar registrar um boletim de ocorrência pelo suposto desaparecimento da esposa e da filha. Na ocasião, ele demonstrou frieza e tentou construir um álibi, segundo a polícia.

Em coletiva de imprensa, o delegado Rodolfo Daltro, da DHPP, detalhou o crime, que teria sido meticulosamente planejado por João dois meses antes da execução. Segundo o relato do próprio autor, ele levou Vanessa até o quarto da casa com a desculpa de conversar sobre o relacionamento. A filha do casal foi deixada sobre a cama, brincando.

“Total frieza! Ele relata que aplicou um ‘mata-leão’ na esposa com o pretexto de conversar sobre o casamento. Após imobilizá-la, ele também a prendeu pelos pés. Em seguida, se dirigiu até a filha e a esganou”, afirmou o delegado. Ambas as vítimas foram posteriormente carbonizadas.

A motivação para o crime, segundo as investigações iniciais, teria sido o desejo de João de não pagar pensão alimentícia, após o fim do relacionamento.

Investigação segue em andamento

A polícia segue reunindo provas e apurando os detalhes do caso. Os investigadores avaliam se houve participação de terceiros ou alguma omissão que possa ter facilitado o crime. O histórico de relacionamento entre João e Vanessa também está sendo analisado para identificar possíveis sinais de violência anteriores.

O caso, que teve ampla repercussão nas redes sociais e nos meios de comunicação, reacende o debate sobre a violência doméstica, feminicídio e a vulnerabilidade de mães e crianças em relacionamentos abusivos.

 

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