Conhecido na Europa como “Escobar brasileiro”, o Major Carvalho está preso em Budapeste, capital húngara, desde 21 de junho do ano passado. Ele é apontado pela Interpol (Polícia Internacional) como líder de uma das maiores redes de tráfico de drogas do mundo. Segundo a Polícia Federal do Brasil, o “Escobar brasileiro” foi o responsável pelo envio de ao menos 49 toneladas de cocaína para a Europa, via portos brasileiros —especialmente os de Santos (SP), Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Natal (RN). Ele movimentou R$ 2,25 bilhões em três anos.
Recentemente as autoridades portuguesas apuraram que o Major Carvalho recebeu no presídio a visita de um dos advogados do escritório. A imprensa de Portugal noticiou que um dos defensores está na mira da Polícia Judiciária e responde por 13 crimes, entre eles coação e favorecimento pessoal.
A Polícia Judiciária de Portugal investiga o possível envolvimento de advogados radicados naquele país com narcotraficantes brasileiros e estrangeiros ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e presos na Europa.
As suspeitas tiveram início em dezembro de 2022, depois que criminalistas de um escritório de advocacia de Portugal passaram a defender e visitar o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, 64, o Major Carvalho, em uma prisão na Hungria.
O Ministério Público de Portugal acusa três advogados do escritório de trabalhar durante um ano e meio para a rede de narcotraficantes para evitar que clientes presos por tráfico de drogas e roubo de carros denunciassem os chefões da quadrilha. Há rumores de que o mesmo escritório de advocacia também defenderia o narcotraficante brasileiro Ivan Cardoso Slavov. As informações são de que Slavov integraria o PCC, estaria recolhido na prisão de segurança máxima de Monsanto e seria ligado ao Major Carvalho.
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