Primeiros 15 dias do mês têm o dobro de vítimas de julho

Só nos primeiros 16 dias do mês de agosto, 216 pessoas morreram pela COVID-19 no Estado, o dobro registrado no mesmo período do mês passado, quando Mato Grosso do Sul teve 113 óbitos na primeira quinzena de julho. Dados que apontam a média móvel de 14,3 mortes ao dia na última semana leva a saúde acreditar que este será o pior mês da pandemia no Estado. Com 589 novos casos em 24 horas, o Estado já atingiu 37.425 infectados e 640 mortes. A média móvel de casos confirmados ao dia chegou a 812 casos na última semana. O aumento de todos estes dados levam Mato Grosso do Sul a manter a taxa de letalidade em 1,7%.

Segundo a médica infectologista Mariana Croda, esse número mostra que ainda existe uma grande circulação de casos que elevam esses números a cada dia. “Nossa taxa de letalidade cada dia aumenta, variando conforme o aumento no número de casos. O número de óbitos existe por conta dos casos confirmados. Isso indica que há grande circulação de casos confirmados sem identificação, quanto mais casos tiver, mais óbitos terão, mesmo tendo um ótimo serviço de saúde, isso explica a manutenção de número elevado”, comentou.Para ela, as 216 mortes registradas em agosto, que já passaram mais da metade das mortes registradas em todo o mês de julho, que foram 320, só mostra que estamos vivendo o pior mês da pandemia. “Temos uma transmissão comunitária intensa, a maioria das pessoas não sabem onde pegaram o vírus, justamente pela alta circulação. Essa semana ainda não demonstrou um esfriamento do número elevado. Tivemos até agora mais da metade das mortes do mês de julho, com isso, o mês de agosto o pior mês da pandemia”, alertou.

Apesar de Campo Grande ter o maior número de casos e mortes de todo o Estado, Mariana alerta que outros municípios estão com índice alto em casos. “Região de Campo Grande, Dourados e Corumbá precisam buscar o controle da doença nos próximos dias com medidas efetivas. Enquanto não conseguir aumentar o isolamento não temos outra forma de controle”, destacou.

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(Texto: Dayane Medina)

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