A faixa etária do público infantil e jovem do Estado representam apenas 10% das pessoas contaminadas com coronavírus em Mato Grosso do Sul. Apesar dessa ser a menor parcela da doença em meio a mais de 50 mil casos, a médica infectologista Mariana Croda garante que um levantamento sobre estes grupos é necessária para mapear situação viral e garantir um possível retorno das aulas.
Dentre os 50.645 casos de coronavírus no Estado, apenas 4.937 são de pessoas entre 0 a 19 anos. Em Campo Grande, essa faixa etária é de 1.539 infectados. Apesar desse ser o menor número dentro do perfil dos contaminados, este é o público-alvo apontado para nova ampliação de testagem segundo o secretário de saúde do Estado Geraldo Resende. “Neste inquérito sorológico quero que seja feito sobre a faixa etária de pessoas com idade escolar da educação infantil ao ensino médio”, comentou Geraldo ao jornal O Estado, publicado ontem (2).
Para a médica infectologista, é importante a ampliação de testes neste público. “Essa hipótese já vem sendo conversada a cerca do retorno das atividades escolares, assim como em São Paulo vem esse mesmo trabalho”, comentou. Segundo Croda, o Estado não tem muitos dados sobre a incidência do vírus nessa população por ser um perfil que menos busca o diagnóstico. “A maior parte do público infantil e jovem são assintomáticos e eles não conseguem procurar a testagem por si só, e acabam tendo sintomas negligenciados, acham que é uma gripe simples, ou até mesmo uma alergia”, destacou.
A infectologista afirmou que uma testagem específica para esse público pode ajudar no controle da pandemia. “Nós queremos que essa parte da população seja mais testada até mesmo para ter um diagnóstico eficiente da doença, fazer um isolamento mais adequado da pessoa infectada, e ter um conhecimento melhor do comportamento do vírus nesse público”, concluiu.
(Texto: Dayane Medina)