HR suspende cirurgias eletivas para concentrar atendimento de covid-19

Unidade vai manter procedimentos de urgência e emergência além do funcionamento de setores como a oncologia

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu parcialmente outras atividades para concentrar seus recursos, tanto de equipe médica quanto de suplementos, no combate ao novo coronavírus. Além da Capital, que chega a 5,1 mil casos, o hospital também recebe pacientes dos municípios que fazem parte da micro e macrorregião.

Em apenas uma semana, o número de internações aumentou em 33 casos, passando de 87 para 120, dos quais 59 se encontram em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o que representa quase metade dos casos que estão em atendimento na instituição. Mesmo com a paralisação nas atividades, o hospital continua atendendo alguns casos de extrema urgência e mantém outros serviços como a oncologia, tanto adulta quanto a infantil.

A diretora do hospital, Rosana Leite de Melo, apontou que alguns serviços, como as cirurgias eletivas, estão suspensos desde o início da pandemia, porém o hospital ainda realizava outros atendimentos de risco para o paciente. Mas, com o aumento no número de casos na Capital e, como consequência, nas internações, a medida foi adotada.

“No hospital, nós teremos apenas urgência e emergência, nós compactuamos que as outras cirurgias seriam direcionadas para o Hospital Universitário e para a Santa Casa e o São Julião, que continuam atendendo. Isso porque nossa demanda [de pacientes com COVID] está muito grande”, relatou.

Portanto, a instituição decidiu paralisar algumas atividades para remanejar as equipes e os medicamentos para os pacientes com COVID19. “Por exemplo, na ala da endoscopia, que só restou a parte de emergência, eles estão atendendo no pronto socorro e nós fizemos um rodízio para poder sempre ter algum responsável na área de entubação, pois os pacientes apresentam piora muito rápida e é preciso ter muita gente em pronto atendimento para que não ocorram falhas”, apontou.

Além de afetar a configuração do corpo médico, a paralisação também disponibiliza um repasse maior de medicamentos para os pacientes, sendo um suporte para aqueles que precisam ser internados em decorrência de complicações com a COVID.

“Nós não estávamos fazendo tantos procedimentos, porém, o que seria utilizado nesses serviços acaba sendo direcionado para o tratamento de pacientes COVID, que estão entubados. Na terça (14), nós tínhamos 57 pacientes entubados e, para manter a sedação, é preciso muita medicação, pois comparado a outros pacientes, eles [pacientes com COVID] consomem uma dosagem maior”, explicou Rosana.

(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)

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