Cidades turísticas cheias vão demorar para ter queda de casos

Resende diz que aglomerações ignoram todo o trabalho realizado

Prestes a completar a marca de mil mortes decorrentes da COVID-19, Mato Grosso do Sul teve um fim de semana prolongado pelo feriado de 7 de setembro com cidades turísticas lotadas. A atitude, segundo especialista, pode retardar a queda no número de casos confirmados da doença no Estado. O fluxo intenso de turistas impactou diretamente nas taxas de isolamento social. 

Em entrevista ao jornal O Estado o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, destacou que as aglomerações, que ocorreram no fim de semana, além de desrespeitar as normas de segurança, ignoram todo o trabalho realizado há meses em MS.

“As aglomerações que ocorreram durante todo o feriado, é uma bofetada na cara dos profissionais que atuam na linha de frente”, avaliou. 

Resende explica que o problema é antigo em todo o Estado e, mesmo que a COVID-19 seja uma doença nova, os sul- -mato-grossenses seguem ignorando a segurança. 

“A população do Estado, culturalmente, tem o histórico de não contribuir com o enfrentamento, isso não é apenas com o COVID-19, mas também com outras doenças como a dengue”, frisou. 

Conforme dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), no fim de semana anterior ao do feriado, a taxa de isolamento em Campo Grande era superior a 45%. De sexta (5) até segunda-feira (7), o município foi a 6ª capital brasileira com mais gente fora de casa: apenas 44,56% da população cumpriu o isolamento. Com mais de 23 mil casos confirmados de COVID-19, Campo Grande continua como epicentro da doença no Estado. 

Com filas de veículos na barreira sanitária, Bonito foi um dos destinos mais procurados pelos viajantes. A Secretaria de Turismo do município comparou o fluxo intenso de carros ao registrado no réveillon do ano passado, quando a pandemia nem havia chegado ao país ainda. A taxa média de isolamento no município, que conta com 434 casos confirmados de coronavírus e 6 mortes, foi de 35,39%. 

(Confira a matéria completa na pág. A5)

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