Moradora do Tiradentes é surpreendida com filhote de arara-canindé no portão de casa

Foto: Chama a Imprensa
Foto: Chama a Imprensa

Escorada no portão e andando na entrada de uma casa no bairro Tiradentes, em Campo Grande, um filhote de arara-canindé movimentou os moradores da Rua dos Advogados na manhã desta quinta-feira (15), em especial duas idosas que acionaram o resgatar e monitoram por toda a manhã o animal. A princípio todos ficaram preocupados com a possibilidade de a ave estar machucada.

Foram horas assistindo aos passos da pequena que não conseguia levantar voo e atravessou a rua andando para chegar a área verde da rua, de onde seus pais observavam. A aposentada Nilda Gomes, 60 anos, foi acordada pelos vizinhos hoje, por volta das 6h, que avisaram sobre o animal estava em seu portão. “Cedo quando me avisaram eu comecei a ligar para os bombeiros, mas eles falaram que esse trabalho não era com eles e me passaram o número do Cras, mas ninguém atendeu”.

Dona Nilda passou a manhã cuidando de longe o filhote. Foto: Mariely Barros.

Dona Nilda olhando as asas da arara chegou a pensar que uma delas estava ferida “Ela parecia estar arrastando a asa no chão”, detalha. Quase ao final da manhã ela e a colega de rua conseguiram acionar o Instituto Arara Azul.

No local a bióloga Larissa Tinoco que foi acionada para avaliar o animal, constatou que não havia nenhum machucado. A profissional explicou que em dezembro, época de procriação e de crescimento de filhotes, é normal ver essas aves ao solo perto da árvore onde os pais estão.

“Essas araras jovens vão para o chão quando saem do ninho e podem ter obstáculos como estamos no primeiro urbano, rede de energia, uma árvore na frente do ninho pode atrapalhar ele sair, como ela não habilidade para voo vai para o chão”, explica. 

A bióloga comenta ainda que nesses meses aumenta no instituto o número de ligações de pessoas relatando casos como o deste filhote, nesses casos o ideal é não tirar o filhote de perto dos pais para que eles não se percam. Além disso, ela indica que a população apenas faça a realocação da arara em uma árvore próximo que seja válida como segura, deve se prestar atenção se não há, por exemplo, fios de energia próximos.

“Pode ser colocado até no telhado em um local alto, com cuidado para colocar em local com conflito da rede de energia para que ela não tome choque e venha a óbito, a indicação caso pessoa são saiba proceder é entrar em contato conosco que para orientarmos, caso o morador não consiga fazer a realocação nós fazemos”, detalha.

Qual morador da cidade de Campo Grande que se deparar com uma arara na mesma situação pode acionar a PMA (Polícia Militar Ambiental), no telefone 3357-1501, o Instituto Arara Azul, no 3222-1205, ou a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande pelo 153. 

 

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