Valor do tomate pode “salgar” a salada e outras refeições preparadas com o alimento

(Marcos Maluf)
(Marcos Maluf)

O quilo do produto variou entre R$ 9,79 a R$ 13,39, segundo pesquisa

Usado de diversas maneiras nas refeições como na salada, sopa, molhos, sucos, assados, entre outros, o tomate pode gerar um sabor indesejável para o consumidor em Campo Grande. E o motivo está no preço do alimento, de acordo com a pesquisa de preço da cesta básica realizada nesta semana pelo O Estado.

Em seis supermercados da capital, o quilo apresentou variação de preço entre R$ 9,79 a R$ 13,39. Em média, o campo-grandense gasta R$ 10,67 para levar o produto para casa. Já a diferença de preço de um estabelecimento para outro ficou em 36,77%.

Mas afinal de contas, porque o quilo do tomate subiu? As alterações no clima, é a resposta para esse aumento. Segundo o instituto de pesquisa DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). “A instabilidade climática, devido ao excesso de calor e às chuvas intensas, teve impacto na oferta e, no varejo, houve aumento ainda em março”, justifica o levantamento.

Dando continuidade a pesquisa feita pela reportagem, o pacote de arroz de 5 kg da marca Tio Lautério, teve uma diferença de preço de 24% nesta semana. O gasto médio na compra do produto é de R$ 21,16. Os valores encontrados nas prateleiras podem ser conferidos na tabela, no entanto, vale destacar o valor de R$ 27,90 cobrado pelo pacote que chamou a atenção.

O pacote de feijão de 1 kg (Bem Tevi) apresentou média de R$ 7,50. No Comper e no Fort o produto é vendido a R$ 6,49, enquanto no Nunes sai a R$ 8,99, a variação calculada foi de 38,51%. Ainda segundo a pesquisa, o óleo Concórdia de 900 ml variou 12,27% entre os seis estabelecimentos, custando R$ 4,89 no Comper e Fort e por R$ 5,49 no Nunes. O item é vendido em média por R$ 5,07.

O litro de leite Italac, é comercializado entre R$ 4,15 (Atacadão) e R$ 5,49 (Nunes). Nas unidades pesquisadas a variação foi de 32,29%, em média o consumidor paga R$ 4,63 na caixinha.

Na sessão de frutas e legumes, o quilo da batata teve variação de 16,68%, sendo comercializado por R$ 5,99 no Fort e R$ 6,99 no Atacadão, Comper e Pires. A média de preço calculada foi R$ 6,68. Enquanto isso, o quilo da cebola é vendido, aproximadamente, por R$ 7,71, os preços oscilaram entre R$ 6,65 e R$ 8,99. O quilo da banana variou 80,36%, custando entre R$ 4,39 e R$ 7,99. O preço médio ficou em R$ 5,95.

Limpeza e higiene

O papel higiênico de folha dupla, com 12 rolos (Neve), teve diferença de preço de 56,85%, o valor mais caro foi R$ 34,35 e R$ 21,90 mais em conta. O preço médio do produto, pago pelo consumidor é de R$ 25,28.
O sabonete Lux de 90g foi encontrado nas prateleiras custando entre R$ 1,95 no Assaí, Comper e Fort e por R$ 3,29 no Nunes (30,84%). A média foi de R$ 2,53.

A média de preço do sabão em pó de 1,6 kg foi de R$ 22,62. O produto de limpeza é vendido entre R$19,49 e R$ 25,50, a diferença de preço é de 30,84%.

Cesta básica na capital tem queda

A cesta básica de campo Grande teve redução de-2,43% em março, segundo levantamento realizado pelo Dieese, divulgado na quinta-feira (04). O valor da cesta ficou em R$ 730,02.

A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital foi de 113 horas e 44 minutos, e o comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica teve redução em 1,44 p.p, posto que chegou a 55,89%, contra 57,29% registrado no mês anterior.

Em Março de 2023, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 59,71%, sendo necessárias 121h e 31 horas de trabalho para comprar o conjunto de 13 itens de alimentação.

Por Suzi Jarde

 

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

 

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *