Uso das redes sociais garante celeridade na solução de casos de desaparecimentos, em MS

Policia civil
Foto: João Gabriel Vilalba

Desde 2016, quando o Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional) passou a ser usado em Mato Grosso do Sul, já são mais de 10.842 registros de pessoas desaparecidas, no Estado. Os dados são do relatório anual da Polícia Civil, lido na última quinta-feira (20), na Delegacia Especializada de Homicídios em Campo Grande, responsável pelo núcleo que apura casos de desaparecimento. Somente no ano passado, 1.833 desapareceram no Estado e, dos sumidos, 733 foram localizados no mesmo ano.

De acordo com o delegado titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios de Mato Grosso do Sul), Carlos Delano de Souza, 95% dos casos demoram menos de 10 dias para serem solucionados.

Conforme os dados divulgados, 1.202 pessoas foram encontradas no total, sendo 469 pessoas que haviam desaparecido em anos anteriores e retornaram para suas famílias somente no ano passado.

“Hoje em dia, a ampla possibilidade de divulgação nas redes sociais colabora para que essas pessoas sejam encontradas. Isso é um ponto positivo.”

Não existe prazo de 24h para iniciar buscas de desaparecidos

Diferentemente do que parte da população acredita, não existe prazo de 24h para iniciar buscas de desaparecidos, é o que garante o delegado da DEH.

“Não há prazo de vinte e quatro horas, nem de cinco, nem de duas horas. A pessoa deixou de estar presente nos locais onde ela costumava estar, notou-se um risco a sua integridade, considerando as condições daquela pessoa, os familiares e amigos é que vão saber, busque a delegacia de polícia, registre boletim de ocorrência”, enfatizou Delano.

Ele explicou ainda que não importa se a pessoa aparecer pouco tempo depois, nesse caso, a baixa é feita, no sistema. “Com o boletim, todo o sistema de segurança, toda a guarnição da Polícia Militar, toda a equipe da Polícia Civil que está na rua, que eventualmente tiver contato com essa pessoa, vai saber que ela está desaparecida”, disse ele.

Por Brenda Leitte  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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