Um dos maiores dentro do perímetro urbano, Parque das Nações Indígenas deslumbra visitantes

Fotos: Marcos Maluf
Fotos: Marcos Maluf

Espaço conta com área de 119 hectares e abriga diversidade de árvores e 300 espécies de pássaros  

Criado em 17 de agosto de 1993, o Parque das Nações Indígenas há 30 anos vem sendo ponto de encontro para as famílias campo-grandenses. Localizado na região urbana do Prosa, ele já é considerado um dos maiores parques do mundo em perímetro urbano. O pôr do sol é um dos atrativos mais esperados por quem visita o local no fim do dia, para uma caminhada, roda de tereré ou até mesmo aquela corrida. 

Além de se exercitar, o campo-grandense pode contemplar, em seus 119 hectares, um cinto de vegetação composto por árvores de diversas regiões, tais como o jenipapo, mangueira e aroeira. A unidade abriga mais de 300 espécies de pássaros e se tornou propício para a prática do birdwatching (observação de aves). No local, é possível observar bem de perto a presença de capivaras, quatis e cutias, apreciando os voos das garças brancas, tucanos, patos e araras-canindé, e o cantarolar dos sabiás, bem-te-vis, juritis, periquitos, graúnas e outras espécies da classe dos Passeriformes

O atrativo conta ainda com algumas opções para a prática de esportes, como canoagem, quadra de areia, pista de caminhada, circuito de vôlei. O local também é bastante utilizado para ensaios fotográficos, os cenários que mais chamam atenção são o lago e a Casa do Homem Pantaneiro, uma estrutura antiga com escritas e desenhos por toda a parede.

Para garantir a segurança dos visitantes, o ponto turístico possui os serviços de portaria, ronda móvel e videomonitoramento desde maio. O esquema de vigilância reforça a sensação de segurança dentro do parque, que recebe cerca de 2 mil pessoas todos os dias da semana e nos fins de semana, entre 5 a 6 mil pessoas.

O Parque das Nações Indígenas abre às 6h e fecha às 21h e já foi palco para apresentação de artistas nacionais e internacionais. No início dos anos 2000, o projeto temporadas populares levava ao parque dezenas de pessoas para assistirem a shows de artistas clássicos do rock e da MPB nacional.

Atualmente, apresentações musicais são promovidas regularmente na Concha Acústica, pela Fundação de Cultura do Estado e em outros pontos do parque.

As altas temperaturas têm marcado presença na Capital e, como de costume, o parque fica lotado de visitantes que revezam entre práticas de atividades fisícas ou apenas para sentar e desfrutar do ar puro. 

A psicóloga Hellen Coutinho, 49 anos, há dois anos saiu da cidade de Dourados para morar em Campo Grande. Ela arriscou dizer que foi uma das suas melhores decisões. “Campo Grande tem a estrutura de uma Capital e, ao mesmo tempo, tem o Parque das Nações, com a natureza acessível. Costumo vir para espairecer a cabeça e ter um contato direto com a natureza”, disse.

Passeio em família também é comum no fim de tarde. A dona de casa Eliane Figueiredo, 66 anos, tira um tempo livre toda semana, para trazer os netos de um e quatro anos. “O que chama a minha atenção é a segurança. Você pode vir a qualquer horário, sempre vai ter um guarda trafegando de motocicleta. Para quem vem com crianças é maravilhoso”, finalizou.

A dona de casa Eliane Figueiredo, 66 anos, tira um tempo livre toda semana, para trazer os netos de um e quatro anos. Fotos: Marcos Maluf

 

Critérios ambientais  

 

O Governo do Estado estuda a privatização do parque. Os projetos de concessão estudados são produzidos e conduzidos de forma estratégica, com foco na atração de investimentos privados aos parques e, ao mesmo tempo, na promoção do turismo e do desenvolvimento socioeconômico das regiões, garantindo a preservação das áreas.

Conforme noticiado pelo jornal O Estado, em 26 de julho de 2023 foi publicado, em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande, a lei municipal número 7.069, que autoriza a Prefeitura a transferir ao Estado quatro lotes localizados dentro do Parque das Nações Indígenas e que ainda estavam sob titularidade do município. A mesma lei também autoriza a transferência ao Estado de outros nove lotes, localizados no Jardim Veraneio, todos no loteamento Vivendas do Parque.

De acordo com a secretária especial do Escritório de Parcerias Estratégicas do Governo do Estado, Eliane Detoni, “O Escritório de Parcerias Estratégicas estrutura a concessão que garante aos entes público e privado o sucesso do projeto. A modelagem da concessão ou da Parceria Público-Privada levam em consideração os critérios ambientais e ajudam a mensurar o impacto e benefícios do empreendimento para a sociedade, garantindo preservação da biodiversidade”, disse. 

Atualmente, o parque é administrado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), entidade vinculada à Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). 

 

Por Thays Schneider – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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