O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de MS) redefiniu a ordem de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV em Mato Grosso do Sul. Após as alterações e revisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a cláusula de barreira pela qual Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP não podem integrar o plano de mídia, a coligação do candidato a governo Eduardo Riedel, do PSDB, passará a ter 5 minutos e 10 segundos diários.
O tempo dos tucanos é quase o dobro do tempo da coligação da candidata Rose Modesto (União Brasil), detentora do segundo maior tempo, que terá pouco mais de 2 minutos e 52 segundos, diz o Blog do Marco Eusébio. As inserções durante a campanha serão de 201 propagandas.
O maior tempo foi adquirido pelo PSDB por conta das alianças com cinco partidos no total. O partido é federado ao Cidadania. Entre as inserções o PSDB tem 303 ao dia.
O PT terá 138 inserções, o PSOL/Rede terá 33 inserções, o PRTB/Avante terá 20 inserções, ao passo que o PSD terá 121 inserções. O partido com menos inserções é o MDB, que terá apenas oito durante o período.
A propaganda em rádio e TV começará a ser divulgada no dia 26 de agosto. Veja abaixo os novos tempos divulgados pelo TRE: Eduardo Riedel – coligação Trabalhando Por Um Novo Futuro, do PSDB (em federação com o Cidadania, PDT, PL, Progressistas, PSB, Republicanos) 05’10”46;
Rose Modesto – coligação Tocando em Frente Para Cuidar da Nossa Gente (União Brasil, Podemos, Pros) 02’52”59; Giselle Marques – federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) 01’58”05; Marquinhos Trad – coligação Muda MS (PSD, Patriota, PSC e PTB) 1’44”42; André Puccinelli – coligação Ao Trabalho de Novo, com a Força do Povo (MDB, DC, Solidariedade) 1’23”21; Adonis Marcos – federação PSOL e Rede: 00’28”67; Capitão Contar – coligação Mudança de Verdade (PRTB e Avante) 00’22”61.
Importância da TV
Conforme o cientista político Tito Machado, o tempo de televisão ainda continua sendo extremamente importante para a apresentação dos candidatos ao público. Ele explica que a TV já foi decisiva para vitórias em eleições no passado, mas que hoje cada vez menos é incisiva, apesar da sua importância.
Para Machado, a TV é importante para que a população saiba o que os candidatos pensam a respeito do Estado. E isso é fundamental para um processo de futura cobrança às promessas. Ele diz também que outra questão importante do horário político é a apresentação dos candidatos.
“Grande parte deles é desconhecida da população, e a televisão é o veículo que vai apresentar esses personagens com o visual. O rádio traz a voz, mas na TV a pessoa enxerga aquele indivíduo e caracteriza sua imagem, conhece quem é a pessoa. E até tonalidade de voz influencia em ganhar ou perder voto. Isso já está provado cientificamente. É um veículo que tem papel importante.”
Questionado sobre se o alto número de inserções e tempo maior de TV angaria mais votos, e confiança do eleitor, Machado diz que já existem estudos de que um espaço muito grande na TV, e mal aproveitado, deturpa, ou define como perda de votos.
“Aquele partido que tem muito horário político, atualmente às vezes atrapalha mais que ajuda por vários motivos. Isso porque aqueles que têm pouco tempo são decisivos e falam ao eleitor de forma mais direta. Antigamente, os partidos buscavam muito tempo para atrapalhar os outros. E, atualmente, esses que têm muito tempo terminam perdendo votos. Porque não sabem aproveitar, e isso irrita o eleitor.”
Tito diz que é importante a manutenção do horário político, e que o programa eleitoral foi uma vitória na política.
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.