Nesta semana, o jornal O Estado recebeu a denúncia de que o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) estava enfrentando superlotação, principalmente na maternidade, onde haviam mães puérperas e bebês recém-nascidos nos corredores, devido à falta de leitos. A instituição confirmou a informação e alertou que este é um cenário frequente.
Além disso, o hospital ressaltou que a taxa de ocupação da maternidade e pré-parto foi maior que 100%, em todos os meses de 2023. “Possuímos 30 vagas de enfermaria e, nesse momento, estamos com 45 pacientes internadas, ou seja, 15 a mais que a capacidade, o que representa 50% a mais do que o esperado. A maioria das mães já ganhou seus bebês, mas, por algum motivo, ainda não tiveram alta. O fato é que quase sempre temos superlotação, por falta de leitos na cidade”, esclareceu, em nota. A situação também se repete no PAM (Pronto Atendimento Médico). “O Pronto Atendimento Médico continua atendendo normalmente, de acordo com a contratualização com a Sesau”, informou, em nota.
PRONTOS-SOCORROS
Questionado sobre a situação, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul também confirmou problemas com a superlotação. “O HRMS informa que superou sua capacidade de acomodação de 67 leitos no PAM (Pronto Atendimento Médico), com 52 pacientes sendo atendidos nos corredores do setor até a manhã dessa quarta-feira (28). É importante frisar que, mesmo diante da superlotação no setor, todos os pacientes estão recebendo a assistência necessária”, informou.
Já a Santa Casa de Campo Grande afirmou que, até a tarde de ontem (28), 69 pacientes estavam internados no pronto-socorro do hospital, sendo 15 na Unidade de Decisão Clínica (área vermelha), onde a capacidade máxima é seis. Além disso, 54 pacientes estavam na Unidade de Decisão Clínica-Não Crítica (área verde), onde a capacidade é apenas sete, conforme o hospital.
DÉFICIT DE PROFISSIONAIS
De acordo com a assessoria de imprensa do Humap-UFMS, aumentar os leitos seria uma alternativa para reverter esse quadro, mas o hospital também precisa de mais profissionais, principalmente quando se trata de anestesistas. “Não adianta aumentar os leitos se não tiver uma mão de obra específica para aquela especialidade. Por exemplo, nós temos dificuldades para contratar anestesistas, já houve médicos aprovados no concurso, mas que não assumiram e esse é um profissional primordial para o bom desenvolvimento do hospital”, disse.
[Tamires Santana– O ESTADO DE MS]
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