Sesau investiga suspeita de criança infectada com Monkeypox em Emei da Capital

varíola
Foto: Freepik

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) investiga a suspeita de que um aluno de uma EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) de Campo Grande tenha contraído a Monleypox, popularmente conhecida como Varíola dos Macacos.

A criança teria apresentados sintomas em setembro e desde então ela teria se afastado da escola, para manter distância dos demais alunos da instituição. De acordo com o último boletim epidemiológico da Monkeypox, divulgado pela SES (Secretária de Estado de Saúde), na terça-feira (04) em Mato Grosso do Sul, são 113 casos confirmados, quatro prováveis, 103 curados e 14 ativos.

Entre as cidades com maior incidência de casos, Campo Grande lidera com 85 confirmações, na sequência aparece Dourados (11), Aquidauana (4), Três Lagoas (4), Maracaju (2), Costa Rica (2), Ponta Porã (2) . Outros 67 casos suspeitos seguem em investigação. Dentre os casos confirmados 87,2% foram registrados em pessoas do sexo masculino e 12,8% em pessoas do sexo feminino.

Entre os principais sintomas apresentados pelos pacientes 86,3% tiveram feridas na pele, 60,7% febre súbita, 51,3% aumento dos linfonodos do pescoço (adenomegalia), 43,6% dor de cabeça (cefaleia), e 50,4% relataram lesão genital.

A secretaria ainda divulgou nota informando sobre o caso. “A Sesau reforça que todas as orientações quanto ao isolamento do paciente, rastreio dos contactantes e informações a serem repassadas à escola já foram feitas, não sendo necessário dúvidas ou questionamentos a respeito da saúde desta criança e das que estudam na mesma escola”, informou em nota.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

Com informações da repórter Lethycia Anjos.

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