Sesau diz que alta nos casos de Síndrome Respiratória em crianças é “normal” nessa época do ano, mas pais reclamam da demora nos atendimentos

UPA
Foto: Alessandra Messias/ O Estado Online

Os casos de Síndrome Respiratória em crianças têm crescido exponencialmente em Campo Grande, conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), estima-se que o atendimento ao público infantil triplicou em relação aos meses anteriores de 2022. A alta demanda tem gerado lotação nas unidades de saúde, ocasionando transtornos à população.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) localizada no bairro Coronel Antonino mais de 30 crianças aguardavam atendimento na última sexta-feira (22), devido à Síndrome Respiratória.

A demora nos atendimentos gerou uma fila de pais que aguardaram mais de 4 horas no lado de fora da UPA. Segundo pessoas que estiveram no local apenas um pediatra realizava os atendimentos na unidade.

Para a Sesau, o aumento na procura por atendimentos é normal nesta época do ano e são ocasionadas por vírus respiratórios sazonais que provocam infecções das vias aéreas, principalmente durante as oscilações de temperatura.

“Nota-se um aumento maior que em anos anteriores, atribui-se isso aos reflexos da pandemia, em muitos casos, a criança resfriada ou com sintomas respiratórios permanecia em casa, em repouso e, atualmente os pais optam por buscar atendimento médico, temendo um diagnóstico de COVID-19. Nos casos testados, não é possível identificar qual o vírus que está circulando, o que confirma a sazonalidade destas infecções”, destaca a nota da Sesau.

De acordo com a secretaria de saúde, todos os profissionais da área estão aptos para o atendimento pediátrico, mesmo nas unidades em que não há especialista na escala. Para evitar aglomerações, a Sesau recomenda que em casos de menor complexidade seja procurado atendimento nas USFs (Unidade de Saúde da Família), onde há médicos especializados no atendimento a todas as faixas etárias.

A Sesau comunicou ainda que o quadro de profissionais de saúde foi reforçado e as escalas estão completas com cerca de seis médicos em cada período.

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