Os servidores municipais da enfermagem anunciaram que a partir da próxima segunda-feira (27) entrarão em greve, devido a falta de consenso sobre as reivindicações levadas à Prefeitura de Campo Grande. A greve foi anunciada nesta sexta-feira (24), em nota oficial do Sinte/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do Município de Campo Grande).
De acordo com a nota, a greve iniciará no dia 27 de fevereiro, a partir das 10h. A direção do Sinte/PMCG afirma que a greve foi deflagrada “porque a Prefeita Municipal Adriane Lopes resolveu não cumprir a Lei do Plano de Carreira e vilipendiou a enfermagem”, conforme trecho da nota.
A publicação ressalta que os servidores municipais da enfermagem, que em sua maioria, trabalhou exposta no período da pandemia de Covid-19, estão “esgotados, violados em suas integridades, adoecidos, e agora indignados”.
Com a greve, os serviços de enfermagem nas unidades básicas de saúde ficarão comprometidos, entretanto, o sindicato garante que haverá medidas para garantir o direito à vida nas urgências e emergências nas UPAs (Unidades Básicas de Saúde).
Reivindicações
Atualmente, o sindicato reivindica o cumprimento da Lei do Plano de Carreira e a gratificação de insalubridade. Eles também reclamam o pagamento de direitos como quinquênios e classes e falta de ações por parte da Prefeitura para viabilizar o Piso Nacional da Enfermagem.
Em nota, os representantes sindicais dos enfermeiros relembram que passados quase três anos de vigência da lei, a Prefeitura descumpriu no dia 31 de dezembro de 2022 o prazo para o enquadramento, uma vez que não apresentaram nenhuma proposta para garantir esse direito.
No dia 2 de fevereiro, o sindicato já havia mobilizado um ato na frente da Prefeitura de Campo Grande, onde reivindicavam as mesmas pautas. O presidente do SINTE/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do Município de Campo Grande), ngelo Macedo, afirma que a liderança do sindicato chegou a ter uma reunião com a prefeita, entretanto, não houve acordo entre as partes. “Não deu em nada, inércia total. Alegam o de sempre: LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal] e limite prudencial”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura Municipal de Campo Grande, mas até o momento não obteve resposta.
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