Sem recursos Santa Casa alega ter insumos para apenas 15 dias

Foto: Divulgação/Santa Casa
Foto: Divulgação/Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande ainda aguarda uma resolução para a questão contratual junto a Prefeitura da Capital. O hospital diz que devido a contratos onerosos entre instituição e prefeitura, não há adequação de valores desde 2019, o que prejudica a aquisição de equipamentos, medicamentos e insumos hospitalares.

A falta de recursos afeta até mesmo a folha de pagamento dos funcionários do hospital. De acordo com a assessoria da Santa Casa há dois meses o hospital assina termos aditivos ao contrato com a Prefeitura mas que não beneficiam o hospital. “O nosso contrato se encerrou em maio e foi feito o primeiro termo aditivo para 30 dias, que finalizou em junho. Prorrogaram para mais 30 dias, que finalizou em julho, só que agora a Diretoria não quer mais isso, pois nesses contratos não há o reajuste necessário”, informa a administração da instituição.

De acordo com o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), indicador de preços mensais utilizado para medir o aumento de preços, o valor do contrato em 2019, seria de mais de 38.400.000,00 mensal e neste ano a Santa Casa propõe ao município o valor R$ 35.900.000,00 e de acordo com o hospital a prefeitura teria oferecido um valor muito abaixo ao praticado no mercado.

Segundo a assessoria, o valor abaixo do esperado deixa a Santa Casa em defasagem em relação aos serviços prestados e ao valor de remuneração, o que gera falta de recursos para o abastecimento de materiais. Em nota enviada para o jornal O Estado Online, há falta de insumos como medicamentos, soro, sondas, e até mesmo itens de papelaria. Há recursos para apenas 15 de funcionamento do hospital.

O hospital ainda alega que a maioria dos atendimentos do Estado são feitos na Santa Casa. “A gente faz uma produção um terço maior que o Hospital Regional por exemplo, e a nossa verba é bem menor, nosso custeio é menor. Representamos 52% dos atendimentos da população de Mato Grosso do Sul”, diz assessoria.

Não há informações sobre novas reuniões entre Santa Casa e Prefeitura de Campo Grande.

Veja mais informações na reportagem de João Gabriel Vilalba:

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