Roupa é a principal escolha para presentear no Natal

comércio natal
Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Conforme pesquisa, 68,80% escolheram o vestuário como preferência 

Pelas ruas da área central de Campo Grande, a movimentação é intensa no início desta semana na busca do tão esperado presente de Natal. A data é comemorada no dia 25 de dezembro. Para a maioria, a preferência está nas peças de vestuário, sendo as roupas as campeãs na hora da escolha. 

Conforme Pesquisa da IPF (Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS) para os consumidores de Mato Grosso do Sul, as roupas, calçados e acessórios são os preferidos de 68,80%; brinquedos (45,50%) e móveis e eletrodomésticos (5,40%). A maioria pretende comprar em lojas físicas (86,30%). 

A operadora de atendimento, Sirlei Aparecida Silva, de 49 anos, relata que neste ano as coisas estão difíceis na questão financeira, mas que pretende presentear ao menos os mais próximos. “Pra mim presente bom é aquele que pode ser usado e a roupa acaba sendo a mais óbvia. Não tem jeito, é uma lembrança que será sempre bem recebida, por isso aposto na roupa”.

A operadora ainda fala de uma segunda opção para acertar no mimo natalino. “Eu ficaria com um calçado que também é uma boa pedida, ou até algo como um celular se eu pudesse, pois são coisas que sempre serão utilizadas na rotina diária”, pontua.

Expectativa

O presidente da CDL-CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila, destacou o bom momento para o comércio campo-grandense neste fim de ano. “A expectativa que a gente tem é de um consumo de modo geral muito maior do que dos dois últimos anos, que foram anos que nós tivemos o sofrimento de viver a pandemia, acompanhado do isolamento social. Teremos bons valores girando em nossa economia com estimativa de crescimento de 13% quando comparado ao Natal de 2021”, detalha.

O representante da CDL ainda enfatiza os pontos que contribuem para essa elevação nas vendas. “Já tivemos os pagamentos dos 13º salário realizado tanto pelo Estado, como pelo município, sendo este é um momento em que nós temos todas as condições para realmente fazer desse Natal, um dos melhores dos últimos tempos”, conclui.

Apesar da instabilidade econômica no país, o cenário vem se concretizando como positivo para os lojistas que estão otimistas e já registram aumento no fluxo de vendas para a época festiva. Confirmando a expectativa, o gerente da loja Avenida, Fernando do Carmo, de 40 anos, faz uma análise do bom momento. 

“Essa última semana com o fim da Copa do Mundo já observamos um aumento e as possibilidades são as melhores possíveis. A empresa espera ter um crescimento de até dois dígitos comparado com as vendas anterior, ou seja, 10%”, explica. 

Oferecendo uma gama de produtos para vários tipos de público, o supervisor de loja Passaletti, Leandro Santos de Moura, 33 anos, relata um ótimo volume de vendas nesse Natal. 

“Nesta semana o fluxo ainda deve aumentar, já que é a semana que antecede a festa e o pessoal querendo ou não deixa tudo para a última hora”.

O supervisor ainda revela que o horário estendido na região central tem gerado ótimos frutos para a loja. “Temos recebidos mais clientes devido ao desfile na Rua 14 de Julho, o que está trazendo muita gente para o Centro que aproveitam para ir às compras. Depois das 19h tem sido até melhor do que durante o dia, então com certeza está agregando às vendas”, finaliza Leandro.

Pesquisa

A promessa para o varejo de Mato Grosso do Sul também é positiva para as festas de fim de ano. Ainda conforme a pesquisa da Fecomércio, deve movimentar R$ 816,46 milhões na economia do Estado, consolidando um aumento de 31% em um comparativo com 2021. Os dados indicam que serão R$ 530 milhões no período do Natal e R$ 286,46 milhões no Ano Novo. 

O levantamento também revela que 49,40% da população irão às compras de Natal e pretendem presentear, o que representa R$ 252,8 milhões, com gasto médio de R$ 344,52. 

“A população está muito mais propensa a comemorar, tornando a expectativa de movimento na economia bastante positiva”, afirma a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira.

Por Evelyn Thamaris  – Jornal O Estado do MS.

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