Reincidente, ‘Maníaco do Parque’ volta a atacar na Capital e faz 4 novas vítimas

maniaco do parque
Foto: Divulgação/DEAM

José Carlos Santana, conhecido como ‘Maníaco do Parque das Nações Indígenas’ voltou a atacar mulheres em Campo Grande e fez quatro novas vítimas. Ele estava há dois anos solto, após pegar 34 anos de prisão, em 2007, por abusar sexualmente de pelo menos 10 mulheres.

Santana já havia sido preso e condenado, porém obteve a progressão da pena, e estava solto desde 2021. Os atuais ataques ocorreram na região central de Campo Grande e câmeras de segurança capturaram o momento em que o homem perseguia as vítimas. Foram três casos de estupro confirmados e um quarto está no aguardo do reconhecimento por parte da vítima, sendo que uma das vítimas tinha 17 anos.

Conforme a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Analu Lacerda Ferraz, ele fazia menção de estar armado para as vítimas, e as colocava a força em um veículo.

Em uma das imagens obtidas pela polícia, o estuprador perseguia a vítima a pé, fingindo falar ao telefone, por volta das 7h do dia 22 de setembro, na Avenida Afonso Pena. Ele obrigou a vítima a entrar em um carro e ficou com ela por aproximadamente 20 minutos. Aos ser liberada, a mulher foi imediatamente fazer boletim de ocorrência.

“Com o boletim de ocorrência do dia 22, nós começamos a investigação e no decorrer dela conseguimos localizar o veículo utilizado no estupro do dia 22. Conseguimos acesso as câmeras de monitoramento do veículo e pegamos a placa e identificamos que fazia serviço de motorista de aplicativo”.

Conforme informações, desde que foi solto, José Carlos trabalhava como motorista de aplicativo, utilizando o carro para cometer os crimes, porém, ainda não há confirmação se passageiras também possam ter sido vítimas do homem.

“Como uma pessoa que estava presa há tanto tempo conseguiu fazer um cadastro no aplicativo?” questiona a delegada. O veículo estava em nome do pai do criminoso, mas o cadastro era feito em nome próprio.

“Boletins de ocorrência de crimes sexuais que estão sem autoria, iremos fazer um levantamento para ver se assemelha as características do suspeito”, disse Analu.

Aleatório

O criminoso confirmou que não possuía uma predileção pelas vítimas. “Ele escolhia de forma aleatória, não planejava. Não era por idade, tipo físico; ele escolhia a vítima que achava estar mais vulnerável e em qualquer momento”, explica a delegada Elaine Benicasa.

“Percebe-se uma falta de cuidado: mesmo que ele tenha cumprido pena durante muitos anos pelo mesmo crime, ele foi pego pelas câmeras, usou as mesmas roupas. Na época que ele foi preso ele usava sempre o mesmo tênis vermelho e conseguimos identificá-lo por isso”, informou. Ainda segundo Benicasa, o logo da camiseta, que pertencia a um Lava jato onde Santana trabalhava em Terenos, foi um dos fatores que auxiliou a polícia na prisão.

Em outra imagem é possível identificar o homem perseguindo a vítima, por volta das 5h50 da manhã, na rua 14 de setembro. Do mesmo modo, ele a segue a pé, fingindo falar ao telefone. Quando percebe a aproximação, a mulher corre e entra em uma casa e o maníaco desiste do ataque.

“É um crime extremamente repugnante, vil e que merece, sim, condenação. Estamos aqui para mostrar a importância da investigação e da demonstração da punição. Vocês, estupradores, que estão por ai, serão capturados e serão punidos”, finaliza Benicasa.

Reincidente

José Carlos Santana havia sido preso em 2007 após estuprar 10 mulheres, próximo ao Bairro Chácara Cachoeira. Ele havia sido condenado a 34 anos de prisão, em regime fechado, após operação no mesmo ano, em colaboração com a Interpol, já que era procurado pela polícia espanhola pelo estupro de duas meninas.

Operação

Santana foi preso por meio da Operação Incubus, onde estão sendo cumpridos mandados de prisão contra violência doméstica. Além do ‘maníaco do parque’ mais quatro pessoas foram presas por crimes sexuais e por violência doméstica.

A operação foi nominada como “Incubus” em referência às lendas e tradições de um demônio na forma masculina que procura mulheres adormecidas para ter com elas relações sexuais.

Com informações da repórter Amanda Ferreira.

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