Pela terceira vez dirigindo embriagado, João Pedro Miranda se envolve em acidente e faz novas vítimas
O médico, João Pedro da Silva Miranda Jorge, 29 anos, deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (9), em Campo Grande. Ele foi preso em flagrante pelo crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, após se envolver em um acidente na madrugada de quinta-feira (8), na rua Doutor Paulo Machado com avenida Afonso Pena, no bairro Santa Fé.
A colisão culminou com uma mulher de 28 anos ferida. Ela dirigia um veículo Toyota Corolla, na avenida Rubens Gil de Camilo, quando, no cruzamento com a rua Doutor Paulo Machado, o médico, que conduzia uma camionete VW Amarok, colidiu contra o carro da mulher.
A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e, segundo informações do boletim de ocorrência, no local, os agentes perceberam que o homem apresentava sinais claros de embriaguez. Estava com os olhos vermelhos e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Por isso, ele recebeu voz de prisão e como a sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) estava vencida, sua camionete foi recolhida para o pátio do Detran.
O homem só teve arranhões no braço esquerdo e foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol algemado. Contudo, a condutora do outro veículo foi socorrida pelo Samu até a Santa Casa, com suspeita de fratura no quadril.
Após a prisão acompanhado por um advogado, João Pedro se limitou a dizer que a vítima foi quem furou o sinal vermelho do cruzamento, causando o acidente. Em sua defesa, ele alegou ainda que, após a colisão, permaneceu no local e prestou socorro à vítima. Tese esta que deve ser mantida durante a audiência de hoje.
Antecedentes
Esta não foi a primeira vez que o nome de João Pedro foi associado a alguma infração de trânsito. Vale lembrar que, em novembro de 2017, ele se envolveu em um acidente que tirou a vida da advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos e deixou seu filho, de 3 anos, ferido. O fato ocorreu no trecho próximo à colisão dessa madrugada, na avenida Afonso Pena. João Pedro fugiu do local sem prestar socorro e se apresentou à polícia três dias depois do ocorrido. Por isso, em 2021, ele foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por homicídio culposo, já que na ocasião também estava embriagado. Na época, ficou determinado o cumprimento da pena em regime semiaberto, uma vez que ele respondeu na modalidade “culposa”.
Após o último acidente, o advogado Tiago Bunning, que representa a família de Carolina Albuquerque, emitiu uma nota oficial, em que reafirmou que João Pedro em liberdade é uma “bomba-relógio” para a população.
“Este já é o terceiro acidente com vítima que ele é o causador. Além disso, ele tem um histórico gigantesco de multas por excesso de velocidade. É impossível, juridicamente, justificar suas condutas, alegando descuido ou imprudência, como se fossem ações culposas. Ele utiliza o veículo como arma e não se importa com as consequências, agindo com dolo eventual, assumindo o risco de matar, pois sabe as consequências do que faz, afinal, já tirou a vida de uma jovem”, informou.
O primeiro acidente envolvendo o condutor ocorreu ainda em 2017, no mês de janeiro. Na ocasião, ele também apresentava sinais de embriaguez, enquanto conduzia uma caminhonete Frontier quando atingiu um veículo Fiat Uno, deixando feridos a condutora e seu filho. Ambos foram socorridos e encaminhados para a Santa Casa. João Pedro também fugiu do local.
Por Bruna Marques e Michelly Perez – Jornal O Estado do MS.
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