Após uma reunião realizada com as entidades sindicais, com as federações e o fórum nacional da enfermagem, para deliberar as ações que serão efetivadas, na última segunda-feira (12) ficou decidido que no próximo dia 21 de setembro os trabalhadores da classe realizarão uma paralisação em todo Mato Grosso do Sul, em função de defesa de seus direitos e por busca de uma resposta das autoridades sobre a origem dos recursos que serão utilizados para o custeio do novo piso salarial.
Conforme apurado na edição de ontem pela equipe de reportagem de O Estado, os profissionais de enfermagem junto ao Siems (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) ainda aguardam respaldo do Senado e do Congresso Nacional sobre a origem dos recursos que serão utilizados para o custeio do novo piso salarial da classe.
De acordo com o presidente da Siems, Lazaro Santana, foi repassado ao sindicato que o pedido segue em articulação e que as autoridades em questão têm o prazo para se manifestar até dia 21, dia em que os enfermeiros participantes da associação realizarão a paralisação em protesto por um respaldo das autoridades com os profissionais que estão buscando seus diretos.
“Fizemos uma reunião na segunda (12) com as entidades da classe, na qual deliberamos que faremos uma paralisação de 24 horas na próxima semana, dia 21. Foi repassado para nós que nosso pedido está em articulação com o ministro Pacheco e o Senado para resolver a questão da forma de custeio do reajuste salarial da enfermagem. Segundo as informações que recebemos, eles tem o um prazo para se manifestar sobre o que pedimos”, pontuou o presidente.
Luta pelo pagamento
Esse protesto dos enfermeiros iniciou por conta do pedido de adequação do piso salarial da classe, que no dia 4 de setembro foi apontado como um risco ao sistema de saúde pelo ministro Luis Roberto Barroso, que no dia 9 de setembro votou por manter suspensa a Lei nº 14.434/2022, sancionada em 4 de agosto e publicada no Diário Oficial da União no dia 5 do mesmo mês, para a manutenção do piso salarial da categoria, estimado em R$ 4.750,00 pela lei, e que teria um impacto de cerca de R$ 10,5 bilhões ao ano.
Por Claudemir Candido – Jornal O Estado de MS
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