Nos últimos dias, a vacinação de crianças contra COVID-19 tem dominado as conversas nas esferas públicas do município, estado e governo federal. A decisão anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a imunização só ocorra com prescrição médica é vista como “sem lógica” pelo secretaria municipal de Saúde, José Mauro. Ele ainda afirma, durante agenda na Santa Casa, que isso atrasaria a vacinação.
“Uma pessoa tem que passar pelo médico para poder tomar a vacina. Isso não tem uma lógica, além do que, isso levaria a uma sobrecarga de 95 mil consultas médicas para tomar a vacina”, afirmou.
A situação, segundo Mauro, atrasaria a imunização contra COVID em até um ano. “Poderia inviabilizar essa aplicação por quase um ano. A gente não concorda com este tipo de atitude”, concluiu.
Além da decisão do ministro da Saúde não não ter nenhum tipo de precedentes, titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) lembrou ainda que a vacina prevista para aplicação, a Pfizer, é mundialmente conhecida e que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Em carta aberta divulgada na última sexta-feira (24), o Conass (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) disse que não será necessário uma prescrição médica para imunizar as crianças.
(Com Eduardo Eliás)