Além de escolas, comércio e indústria também podem aderir à mudança
O escalonamento de horários de entrada e saída de escolas e no comércio seria uma alternativa para evitar congestionamentos, que hoje são comuns no trânsito de Campo Grande. Recentemente, a prefeitura confirmou que está analisando como implantar o projeto nas escolas da Reme (Rede Municipal de Educação), para trazer mais fluidez ao transporte coletivo. O anúncio foi feito pela prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriota), durante visita à escola municipal José Dorileo de Pina, no bairro Alves Pereira, na última quinta-feira (5).
À imprensa, a prefeita confirmou que o projeto para escalonar os horários das escolas da Capital está em andamento, com o intuito de “desafogar” e diminuir a superlotação do transporte coletivo nos horários de pico. Segundo o Executivo, funcionaria do seguinte modo: cada escola teria um horário de entrada, sendo às 7h, 7h15, ou 7h30 e, posteriormente, os horários de saída que correspondessem à ordem da entrada. No entanto, essa iniciativa não abrangeria todas as escolas municipais, apenas algumas das localizadas em pontos específicos, onde a necessidade é maior. “Estamos fazendo uma programação para apresentar também à comissão, para otimizarmos os horários de pico nas sete regiões da Capital. Tudo isso para melhorar a fluidez do trânsito e dar uma tranquilidade a mais para nossos alunos”, destacou Adriane.
De acordo ainda com o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, é preciso uma análise crítica sobre o assunto, para então colocar em prática o projeto envolvendo adultos, crianças e adolescentes. “A ideia é entender qual é a necessidade e, em cima dessa necessidade, aplicar o escalonamento, junto a um planejamento, para a execução devida dele. Pensando sempre no melhor para os alunos, para a população como um todo, sem atrapalhar a rotina de ninguém, e melhorar”, pontuou ele.
Mais de 50 ônibus reforçam linhas, no horário de pico
Conforme divulgado pelo Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, os horários de pico são divididos em três partes: pela manhã, no horário de almoço e no fim da tarde. Ao todo, são 449 ônibus no horário do pico, sendo que em horários normais, circulam 393. Com base nos números, são 56 ônibus a mais,
em horários em que um grande fluxo de veículos também está circulando nas ruas da Capital. “Atualmente, temos mais de 50 ônibus que só rodam em alguns horários do dia, ou seja, se não entrassem todos no mesmo horário, seja nas escolas ou nas empresas e comércios, poderia ser necessário menos ônibus, tendo em vista que a demanda estaria ‘espalhada’ e não utilizando dos serviços do transporte coletivo todos juntos, ao mesmo tempo”, explicou o gerente do Consórcio Guaicurus, Robson Strengare, ao jornal O Estado.
No ponto de vista do Consórcio, a medida é bem-vinda por diversas questões. “O escalonamento de horário é uma opção muito bem-vinda, não só para o transporte urbano, mas para o trânsito todo da cidade. O ideal seria que, além das escolas, hospitais, órgãos governamentais, indústria e o comércio também intercalassem os horários para um desenvolvimento maior do trânsito da Capital”, ressaltou Strengare
Comissão Permanente de Transporte e Trânsito aprova
Procurado pela reportagem, o vereador Coronel Villasanti (União Brasil), atual presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito na Câmara Municipal, comentou sobre o projeto. “Já tivemos o escalonamento no ano passado e foi algo que deu certo. As escolas estaduais Hercules Maymone e Joaquim Murtinho adotaram a medida, por um tempo. Agora, pensando ainda no trânsito de Campo Grande, com o grande fluxo de veículos, ônibus, estudantes e trabalhadores, estamos aprimorando o projeto e estendendo para escolas privadas, comércio, até mesmo para a universidade Uniderp”, salientou o vereador.
De acordo com Villasanti, a proposta defende que o horário dos comércios, seja dividido por atividade econômica. “Estamos tentando contato com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), e com a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do
Sul) para estender para a indústria. Várias outras regiões do país já adotaram essa medida, visando a melhoria no trânsito. Em Campo Grande, melhoraria aglomeração nos terminais, sem dúvidas”, afirmou. Agora, segundo o vereador, está sendo analisada a proposta, e é aguardado retorno da Semed (Secretaria Municipal de Educação) e demais órgãos envolvidos.
Por Brenda Leitte– Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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Sou usuário de transporte público aqui na capital, desde o ano 2002; conheço varias cidades e apitais pelo país, quando falo não sou um leigo, falo com propriedade de usário.
O transporte público em nossa capital, infelizmente é um dos piores do Brasil.
Quando foi criado, ou melhor reformulado, comparavam ao transporte público de Curitiba/PR; mais lá os carros são limpos e higienizados ao chegar nos pontos finais, medida tomada bem antes de pandemia, questão de higiene. Cada gestão mostra, e demonstra o carinho e respeito com sua população.
Os horários de ônibus, a meu ver contempla apenas estudantes, trabalhador é semore deixado de lado, saio 15:00 hs. Do meu trabalho, só consigo pegar i ônibus para meu bairro, as vezes 15:40hs. 15:50 hs. Ná época o de há estudantes, fora desta época de aulas, só consigo pegar ônibus 14:50hs ou apenas às 16:20 ou 16:00 hs. Já nem me preocupo em reclamar, não nos atendem, quando atendem falam que esta sua linha nem era para existir, só pesso então retire esta linha, ficam muito nervosos. Péssimo atendimento da Agência de Transporte público de Campo Grande.
Estão transformando o Centro de nossa querida capital em deserto, o Domingo e feriados, por não reatituirem ao normal, todos os ônibus bairro Centro, como era nos anos prépandemicos, havia comércio e movimento no centro, hoje é um verdadeiro deserto, transporte vindo de alguns bairros, para apartir das 09:00hs. Srs. Isto é apenas um alerta; acabou ou não essa pandemia, se acabou Volte TUDO ao Nornal.
Nossa capital já passou do tempo de incluir mais um modal de transporte público, integrando com os ônibus, um metrô de superfície e elétrico; seria o ideal. Por quê, não fazem?