Prefeitura limpa e cria novas bocas de lobo em bairro que há 3 anos fica ilhado com alagamentos

Nilson Figueiredo
Nilson Figueiredo

Moradores da Vila Bandeirantes ficaram surpresos com a quantidade de lixo retirado na região

Garrafas pet, latas de cerveja e até embalagem de marmitex estavam entre entulho retirado pela prefeitura de bocas de lobo na região da Vila Bandeirantes, em Campo Grande. Ponto de frequentes alagamentos, trecho com, pelo menos, seis ruas do bairro foi limpo e recebeu instalação de novas bocas de lobo para melhorar o sistema de drenagem, colocando fim a problema enfrentado por moradores que há, pelo menos, três anos, ficam “ilhado” toda vez que chove.

As obras fazem parte do aditivo do contrato de revitalização da avenida Bandeirantes. Saindo dela, as obras passaram pelas ruas Alexandre Fleming, Brilhante, Marechal Floriano e Joaquim Dornelas. Com início do serviço em abril, equipes instalaram tubo subterrâneo para receber a água captada pelas bocas de lobo, além da criação de galerias por toda extensão das ruas. A previsão é que o trabalho termine em duas semanas.

Dona de um depósito na Rua Marechal Floriano, Cristiane Ferreira, de 48 anos, lembra que, há, pelo menos, três anos, a situação no bairro ficou crítica por causa dos constantes alagamentos. Segundo ela, até motoristas evitavam passar no trecho, que ficava tomado pela água. “Para a gente era difícil porque uma poça enorme ficava bem na nossa entrada. Já teve vezes em que tivemos de tirar água daqui com balde”, relata.

Em frente ao depósito, nossa equipe de reportagem encontrou uma boca de lobo com entrada completamente bloqueada por entulho, outra realidade que se repetia nas ruas do bairro e só aumentava o problema com os alagamentos. Para resolver a situação, além da criação de novos bueiros, a prefeitura também começou a limpar todas as galerias do entorno.

Nos pontos onde a limpeza foi feita o lixo retirado impressiona. Além dos bancos de terra, o que não faltou foram restos de entulho de construções, brinquedos, papéis e muita embalagem de bebidas e comidas. Para a retirada, equipe de limpeza teve de usar pás e até uma retroescavadeira para remover o que se acumulou às margens da rua.

“Obras como essa são necessárias e fundamentais porque as pessoas não cuidam e com o tempo, a estrutura da cidade envelhece. Alguns moradores tinham que usar baldes para se livrar da água”, comenta o engenheiro aposentado Lourival Fagundes, de 83 anos.

Animado com as obras, o aposentado José Kertis, de 65 anos, conta que até fotografou a movimentação na rua onde mora para publicar nas redes sociais. “Eu achei muito bom”, declara. O morador lembra ainda de outro problema que se instalava no bairro: a criação de bancos de areia e lixo arrastados pela enxurrada. “Virava uma lagoa e depois uma areia só. Já cheguei a tirar três carrinhos de terra daqui”, finaliza.

Texto: Clayton Neves

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