Com investimento inicial de R$ 12 milhões, a Prefeitura de Campo Grande iniciou a operação de zeladoria urbana, com foco na recuperação do asfalto. A força-tarefa, que contempla tapa-buraco, recapeamento e capina, será prioridade segundo Adriane Lopes (PP) e já está em ação nas sete regiões urbanas e nos dois distritos.
Os trabalhos que devem durar 60 dias, apostam em técnica e materiais específicos para garantir qualidade e economicidade, sem comprometer o fluxo do trânsito. Ao jornal O Estado, o secretário de Obras do município, Marcelo Miglioli, disse que a estratégia da SISEP (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) é realizar uma preparação prévia, conforme a profundidade de cada buraco. O objetivo é assegurar a durabilidade dos reparos e evitar o desperdício da CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), que é o insumo mais caro da operação.
“Nesses casos, aplicamos primeiro um material de base chamado bica corrida, que é uma mistura de pedras, pedrisco e pedra 1 vinda da pedreira. Após a aplicação, deixamos o tráfego passar por cima para que o material assente. Só então, um ou dois dias depois, fazemos o serviço completo com recorte, imprimação e aplicação da massa asfáltica”, explicou o secretário.
Ainda de acordo com Miglioli, a estratégia visa a prevenção, já que esse procedimento reduz a necessidade de novos reparos em um curto período de tempo.
A operação envolve 7 equipes de trabalho atuando simultaneamente em mais de 40 vias, incluindo corredores importantes como as avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias, Calógeras e Pedro Celestino. Também foram incluídas ruas com histórico de problemas estruturais, como a Tenente Aviador Pedro Corrêa Duncan, na Vila Carvalho, onde os buracos se acumulavam há meses.
Para além da deterioração da malha asfáltica, o critério para definição das regiões foi o volume de tráfego. Com sete equipes, a meta é tapar de 1.500 a 2.000 buracos por dia.
Buscando não afetar o trânsito, a obra será executada sem interdição total das pistas. “Nós estaremos com a pista aberta, nem que seja meia pista ou fechar uma faixa ou outra. Então, será um trabalho em conjunto, o tapa-buraco e o trânsito”.
O secretário também destacou que há uma proposta de recapeamento para a cidade com o objetivo de sanar a demanda da malha asfáltica.

Secretário Marcelo Miglioli garante que trabalho será eficaz e com custos reduzidos – Foto: Roberta Martins
“Existe um interesse da prefeitura de trabalhar para ver formas de arrumar recursos por conta própria. Mas existe uma conversa avançada com o Estado e nós já discutimos tecnicamente a necessidade de Campo Grande trabalhar esse programa junto com a bancada federal. Nós estamos conversando com os parlamentares. Então, eu estou muito otimista de que a gente vai conseguir”, acrescenta.
Sobre a força-tarefa, o motorista Antônio Teixeira, de 58 anos, aguarda com expectativa a conclusão das obras.“Vai ser bom demais, porque aqui está feia a coisa. Essa rua toda está cheia de buracos. Agora vai melhorar, demorou, mas chegou”, contou. A precariedade no asfalto também prejudicava quem depende da mobilidade para trabalhar, como o motoentregador Vanderlei Nogueira Nantes. “Ainda mais com tanta chuva, o asfalto não aguenta. Mas é bom que estão arrumando. A operação é essencial”, avaliou.
Existem ainda trechos com intervenções localizadas, como na Rua Guanabara com a Rua Teresina e Avenida 14 de Julho. A operação também inclui bairros como Chácara Cachoeira, Vila Carvalho, Jardim Itamaracá, Nova Lima, entre outros.
A prefeita Adriane Lopes afirmou que a manutenção urbana será contínua. “Nós não
vamos parar. Vamos recuperar as ruas da nossa cidade”.
Drenagem coloca fim aos alagamentos
Com a previsão de estiagem para os próximos dias, o secretário reforça que outras regiões da Capital, afetadas pelas fortes chuvas — como o Lago do Amor e a rotatória da Coca-Cola —, poderão ser liberadas ainda nesta semana.
“Nós não conseguimos terminar esses pontos justamente por conta da chuva. E a orientação essa semana é que a gente avance nesses pontos, para que a gente possa dar um fim a essas frentes de serviço. Nós temos o Lago do Amor, nós temos um ponto que houve recalque ali na Três Barras, nós temos uma situação do córrego na Ricardo Brandão. Estamos fazendo também uma drenagem, e essa semana, muito provavelmente, a gente conclua ali na rotatória da Coca-Cola, para que a gente possa resolver o problema daquele alagamento. Eu acredito que, se nós tivermos uma semana sem chuva, como está previsto, a gente vai conseguir avançar bastante”, afirma.
Por Suelen Morales
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