Preço da gasolina oscila e setor de combustíveis volta a ficar instável

Gasolina
Foto: Nilson Figueiredo

Nos primeiros dez dias do ano, gasolina já variou entre R$ 4,66 e R$ 5,29

Nos primeiros dez dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o setor de combustíveis apresentou diversas instabilidades. Somente na virada do ano, em alguns postos de Campo Grande foi notado aumento de até 12% na gasolina, por exemplo, aproveitando a confusão do PIS/Cofins para reajustarem o valor.

Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o custo médio do litro da gasolina saiu de R$ 4,71, do dia 25 a 31 de dezembro, para R$ 4,75 do dia 1 a 7 de janeiro; aumento de 0,85%. No caso do etanol, o valor saiu de R$ 3,77 para R$ 3,80 (0,80%) e o diesel, de R$ 6,07 para R$ 6,32 (4,12%). O diretor do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, relata que o aumento foi decorrente de alteração da pauta dos combustíveis.

“Dessa forma, aumentaram a pauta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2% na gasolina, 7% no etanol e 48% no diesel. Além de que os preços do etanol também foram alterados e, portanto refletiu na gasolina por ter na sua composição 27% de etanol. O preço médio da gasolina nessa primeira semana fica oscilando entre R$ 4,75 a R$ 4,99”, explica o diretor do Sinpetro-MS.

Mesmo com a instabilidade apresentada, Lazarotto ainda tem esperança de que o fim do mês se estabilize. “O mercado é livre tanto as refinarias, as distribuidoras e postos de combustíveis. Como somos o último elo dessa cadeia dependemos sempre do que vem de cima e eles dependem de como o mercado internacional se mostra. Mas, tenho esperança de que teremos um fim de mês estável.”

Preços

A reportagem do jornal O Estado percorreu cinco postos de combustíveis para analisar o preço do produto na Capital. Em um posto localizado na Avenida Costa e Silva com a Rua Frei Henrique de Coimbra, a gasolina é encontrada no valor de R$ 4,76, o etanol por R$ 3,69 e o diesel está custando R$ 6,59. Na semana passada, a gasolina estava R$ 4,79.

Em outro ponto da mesma avenida, no cruzamento com a Rua São Cosme e Damião, o litro da gasolina está sendo vendido no valor de R$ 4,69; o etanol por R$ 3,69 e o diesel no valor de R$ 6,49. O gerente de pista, que preferiu não se identificar, disse que o preço antigo era de R$ 4,66. Indagado sobre um novo aumento, o profissional disse não saber o que pode acontecer futuramente.

Na Avenida Três Barras com a Avenida José Nogueira Vieira, a gasolina está custando R$ 4,74, o etanol R$ 3,78 e o diesel está saindo por R$ 6,29. Na mesma avenida, no cruzamento com a Rua Gerval Bernardino de Souza, o preço é um pouco menor. A gasolina está R$ 4,73, o etanol a R$ 3,75 e o diesel está no valor de R$ 6,07. Na segunda- -feira (2), o posto chegou a aumentar a gasolina para R$ 5,29.

O gerente-geral do local, que também preferiu não se identificar, conta que o preço foi alterado no dia 2 de janeiro e que o preço de custo era de R$ 4,91. Porém, em seguida a nota foi enviada com o preço alterado para mais barato. Além disso, a procura dos consumidores não tem sido tão grande no posto de combustíveis. O preço mais barato encontrado pela reportagem foi em um dos postos de combustíveis que fica localizado na Rua Spipe Calarge. A gasolina está custando R$ 4,59, o etanol está no valor de R$ 3,65 e o diesel está saindo por R$ 6,09.

O aposentado Antônio Carlos Faggioni, 64 anos, disse que o novo aumento já está pesando no bolso.

“Infelizmente, o preço só tende a aumentar nas cidades e acaba sendo prejudicial para os campo-grandenses. Vamos esperar para analisar o que irá acontecer futuramente.”

Notificação

A Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) informa que existem sete procedimentos em andamento em Campo Grande. Nesses casos, os postos de combustíveis foram notificados e irão realizar a defesa no prazo de 20 dias contando desde segunda-feira, dia 2 de janeiro. Caso não comprovem de forma justificada o aumento, serão multados.

Por fim, afirmam que juntamente com o apoio da Procon Municipal de Campo Grande continuam realizando o monitoramento para que os postos de combustíveis não resolvam aumentar o preço sem autorização.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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