Os delegados Marcelo Batista Damasceno e Fernanda Félix Carvalho Mendes divulgaram, em coletiva de imprensa na tarde de hoje (9), a conclusão prévia da investigação das denúncias de estupro de vulnerável e maus tratos supostamente praticados por professora de uma escola particular, na rua Nortelândia, no bairro Santa Fé, em Campo Grande.
Segundo a delegada titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), a partir dessa investigação surgiram denuncias em mais três Emeis (Escola Municipal de Educação Infantil) e Centros Recreativos.
Todos os boletins de ocorrência foram registrados em maio, quatro estupros de vulnerável e um de maus tratos. “Trabalhamos com duas frentes de investigação, uma por meio de testemunhas e outra por coleta dos materiais de 15 dias de filmagens dentro das unidades escolares. Nas gravações não identificamos nenhum ato da professora, nem da auxiliar que estavam sendo investigadas.”
O único transtorno relatado pelo menino foi de maus tratos, quando, segundo ele, em junho de 2021 a professora sentou a criança na cadeira e puxou seu cabelo.” Existe um registro fotográfico que não deixa claro o que aconteceu de fato”, conta a delegada.
Por outro lado o adjunto Dr. Damasceno pontuou que nada de ilícito foi encontrado na residência da professora diante a busca e apreensão promovida pelos policiais. “Foram ouvidas as crianças em relação ao crime de estupro de vulnerável, e que nada foi relatado, apenas as declarações de mães que ouviram dos filhos, o que não é a forma correta de abordagem da delegacia.”
“Levamos em conta o depoimento especial – realizado pela equipe multidisciplinar da especializada – com a criança, não pelo relato que a mãe ouviu do filho. Existem imagens com a criança falando, mas não sabemos se ela foi induzida ou não. Por esse fato, a suspeita não foi indiciada.” Explicou.
O advogado de defesa da escola, Bruno Resina, pontuou que o colégio não concorda com nenhum tipo de violência e que a partir do momento da primeira denúncia, ajudou com informações para a a investigação do caso.
“Até o presente momento, não temos nenhuma materialização do crime e isso nos tranquiliza. Porque não só em relação a professora que ficou comprovado que não cometeu nenhum tipo de crime, mas também as próprias crianças que confirmaram que não sofreram nenhum tipo de abuso dentro do colégio.”
Caso vai para o Judiciário
Sobre o caso de denúncia de maus tratos em específico, o advogado de defesa explica que procedimento investigativo é outro e que independente das investigações aprofundadas, por conta da pena ser considerado um crime de menor potencial ofensivo.
“O processo foi enviado automaticamente ao Poder Judiciário, isso não quer dizer que a professora foi acusada pelos crimes de maus tratos. Eles vão investigar a materialidade do caso e pode até arquivar o processo diante das provas apresentadas. “Concluiu.
A professora, há 1 mês previamente foi afastada de suas atividades curriculares e extracurriculares e permanecerá até a conclusão da investigação das denúncias. Acesse também: Idoso é preso após matar mulher com facada na virilha e lavar cadáver
Com informações da repórter Vivian Bacarji