‘Pacotão’ de redução de impostos vai beneficiar bares e restaurantes e até pequenos empresários

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Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS

Previsão é que projeto seja detalhado pelo governador Eduardo Riedel somente na próxima semana

Mato Grosso do Sul contará com um novo plano de redução de impostos, a partir da  próxima semana. A ação vai refletir sobre setores produtivos, como o de serviços, tendo como exemplo, bares e restaurantes, atingindo até mesmo os micro e pequenos empresários. O anúncio foi feito na segunda-feira (24), pelo governador do Estado, Eduardo Riedel, durante entrevista, na TV Morena.

O chefe do poder Executivo estadual destacou diversos setores a serem impactados pelo pacote do governo. “Vamos fazer uma ação de redução, em que alguns tributos de cadeias produtivas específicas, por exemplo, na cesta básica, na área de serviços, bares e restaurantes serão impactados.”

Ainda de acordo com Riedel, serão ações pontuais, que atuarão sobre micro e pequenos empresários, produtores familiares, cadeias produtivas que atingem o produtor e também sua competitividade, de um ponto de vista positivo.

“Vou dar um exemplo de um setor que envolve muitos profissionais e de serviços: os bares e restaurantes. Nós vamos ter algumas ações de renovação, uma redução tributária e dar isenção para outros impostos específicos, em categorias de faturamento desse setor”, detalhou Riedel.

Como justificativa para o novo plano fiscal tributário, o governador pontuou que a ação é fundamental para diferentes segmentos das atividades econômicas, dando maior competitividade.

Quanto ao prazo para implementação do conjunto de ações, Eduardo concluiu o assunto afirmando que será anunciado oficialmente e assinado na próxima semana, para que seja encaminhado via decreto ou por meio de projeto, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Setores

O presidente da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul), Juliano Wertheimer, comentou a novidade. Ao jornal O Estado, ele destacou que a demanda vem sendo discutida desde a candidatura de Riedel.

“A Abrasel já conversa com o governo do Estado e com Eduardo Riedel desde a campanha e foram firmados alguns compromissos com setor de alimentação fora do lar, que são os bares e restaurantes. O governo está estudando medidas que favoreçam o segmento e que consigam trazer saúde financeira para os empreendimentos, o que torna nosso Estado maisatrativo perante outros Estados da federação”, relatou o representante da associação, em MS.

Complementando sua visão perante o anúncio, Juliano enfatizou que o projeto também deve auxiliar as empresas do Estado, aumentando ainda mais o movimento e faturamento, além da expansão de unidades e também gerar atratividade para que grandes redes venham para Mato Grosso do Sul.

“Lá na ponta isso resulta em uma maior competitividade, em um setor mais saudável, consequentemente gerando mais empregos, já que hoje os setores de bares, restaurantes e hotéis em MS geram mais de quarenta mil empregos diretos, sendo um setor relevante e que emprega muita mão de obra, é grande gerador do primeiro emprego, no Brasil”, ponderou Wertheimer.

O presidente da Abrasel informou que, apesar das tratativas estarem caminhando, não existe data marcada para a definição do pacote tributário. “Essas informações é o governo que irá fornecer, na semana que vem. Ele apenas sinalizou que será na semana que vem, sem data ainda.”

Na cesta básica, impacto para consumidor final é dúvida

Diante da prévia dada pelo governador Eduardo Riedel, indicando a redução tributária que atingirá diversos setores produtivos em Mato Grosso do Sul e produtos da cesta básica, o consumidor final fica para segundo plano e pode não ser diretamente impactado. É o que indica a economista e supervisora técnica do Dieese-MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em Mato Grosso do Sul), Andréia Ferreira.

“Fica clara a preocupação prioritária com o ambiente de negócios. Parece-me que a ênfase é reduzir custos de produção, mas isso não implica, necessariamente, em redução de preços para o consumidor, seja redução no preço de alimentos, bens ou serviços”, diz a profissional.

A economista explica ainda que a notícia é excelente para o setor empresarial, principalmente ao considerar a realidade da área central da Capital, onde inúmeros estabelecimentos comerciais estão fechados.

Por Evelyn Thamaris– Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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