Operação Erasure: Ministério Público de MS combate obstrução em investigações de corrupção

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Foto: divulgação/Gaeco

Na manhã desta quinta-feira (25), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação ERASURE, executando mandados de busca e apreensão na cidade de Campo Grande/MS.

De acordo com note divulgada pelo o GAECO, a operação temo objetivo de combater a obstrução de investigações conduzidas pelas 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, com o apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC). Essas investigações resultaram na Operação Turn Off

“O GAECO constatou que alguns dos alvos das medidas de busca e apreensão obtiveram conhecimento ilegal sobre a investigação sigilosa em andamento, em data anterior à deflagração da operação Turn Off, promovendo a exclusão deliberada de dados e informações pertinentes aos fatos em apuração”, diz a nota do GAECO.

O termo ERASURE, que nomeia a operação, em tradução livre do inglês, significa ‘apagamento’, e se refere às condutas dos investigados que excluíram, alteraram e formataram aparelhos celulares, cientes de que seriam alvos de diligências de busca e apreensão direcionadas à coleta de informações sobre atividades de desvio de dinheiro público e fraudes à licitação desenvolvidas por uma organização criminosa instalada no alto escalão do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Em 2024, os envolvidos foram denunciados por fraudes e corrupção em procedimentos de compra de materiais de ostomia para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, em convênio firmado com a Secretaria de Estado de Saúde, no valor de R$ 22.996.305,73. Além disso, foram denunciados por fraudes, corrupção e desvio de dinheiro público na contratação de uma empresa pela Secretaria de Estado de Saúde, para emissão de laudos médicos, no valor de R$ 12.330.625,08.

“Em relação a esses fatos recentes, foi desenvolvida a 1ª fase da operação em 29/11/2023, a qual originou as ações penais ajuizadas em 2024. Naquele momento, os mesmos alvos foram presos preventivamente. Pouco depois, a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares, visando, inclusive, inibir novas práticas delitivas. Entretanto, em total afronta e reiteração criminosa, continuaram a praticar novos crimes, principalmente o de lavagem de dinheiro, sendo identificada a atual ocultação de bens obtidos ilicitamente em valores que ultrapassam 10 milhões de reais, revelando a necessidade das medidas desta 2ª fase da Operação TURN OFF”, conclui o MPE.

Na primeira fase da operação, em novembro do ano passado, oito pessoas foram presas. Entre elas, Édio Castro, adjunto da Secretaria de Educação, Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Victor Leite de Andrade, Paulo Henrique Muleta Andrade, Simone Ramirez, Sergio Duarte Coutinho Junior e Lucas Coutinho. O adjunto na Casa Civil, Flávio Brito, foi exonerado do cargo após a operação.

 

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