A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (08), a 2º fase da Operação Mineração de Ouro, que investiga crimes de peculato, direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro. Em Campo Grande três conselheiros do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) e dois servidores foram afastados do cargo.
Os policiais investigam indícios de crimes relacionados a contratos de terceirização de mão de obra do TCE de Mato Grosso do Sul, as investigações apontam uso de pessoas jurídicas vinculadas à participação no certame para contratação de empresas com licitações fraudulentas. O principal contrato investigado supera o montante de R$ 100 milhões de reais.
Na manhã de hoje o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de três Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, Iran Coelho das Neves, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid. A ordem de afastamento vale por 180 dias e inclui a proibição de acesso às dependências do TCE-MS, vedação de comunicação com pessoas investigadas e monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica.
Ao todo são cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande – MS, Brasília – DF, São Paulo – SP, Porto Alegre – RS e Miracema- RJ. O STJ ainda autorizou o afastamento dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas físicas e jurídicas investigadas.
Em 2021 a Operação Mineração de Ouro cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia e Distrito Federal.
A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União e a Receita Federal do Brasil e conta com a participação de 114 policiais federais. Após sete horas de buscas no TCE-MS, agentes da Polícia Federal deixaram o local com malotes e alguns documentos apreendidos na operação desencadeada na manhã de hoje (4).
Ao sair do prédio, os policiais federais não quiseram falar com a imprensa. Em outro ponto da cidade, na Avenida Mato Grosso, o Portal O Estado Online flagrou policiais saindo de um escritório com documentos.
Confira o vídeo:
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Com informações do repórter João Gabriel Vilalba.