Gerente do Consórcio Guaicurus garante que é necessário encontrar soluções e ser criativos
A prefeita Adriane Lopes (Patriota) anunciou na última terça-feira (14) o novo valor da tarifa do transporte coletivo, que vai passar dos atuais R$ 4,40 para R$ 4,65 a partir de 1º de março. A notícia ganhou repercussão ontem (15), entre os usuários que questionam a necessidade do incremento diante do atual cenário do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus em Campo Grande.
Segundo Marcela Brites, 50, funcionária de serviços gerais, a maior preocupação dos usuários é a baixa qualidade do serviço prestado. Entre as principais reivindicações, ela cita a falta de veículos para as rotas, a espera para quem precisa do transporte para sair do bairro rumo ao centro da Capital e a superlotação que, segundo ela, é constante.
“Todo dia pego ônibus porque eu levo o meu filho na escola. Eu não acharia ruim ter que pagar até R$ 5 desde que fosse um serviço de qualidade, chegar no ponto e ter ônibus, não ter que esperar horas nem andar com eles superlotados, não dá pra pagar nem R$ 2”, lamentou enquanto aguardava pelo transporte coletivo no ponto da Rua 15 de Novembro ao lado da Praça Ary Coelho.
Cabe relembrar que o Governo de Mato Grosso do Sul vai repassar mais de R$ 10 milhões, sendo R$ 10.017.180,00, para custear o transporte público coletivo dos alunos da REE (Rede Estadual de Ensino), na Capital. Além disso, os vereadores aprovaram a isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), que implica R$ 0,20 centavos no valor.
O que diz o consórcio?
Para o jornal O Estado, o gerente do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, destacou que os repasses são sempre bem-vindos, mas pontuou que aguarda pelo valor do subsídio mensal. “A tarifa técnica está em R$ 5,80 e a tarifa pública em R$ 4,65, o que representa uma diferença de R$ 1,15. Ou seja, com 2.500.000 passageiros pagantes o subsídio deveria ser de R$ 2.875.000,00.”
O gerente reforçou que sabe que a população cobra por melhorias. “Queremos, sim, um belo transporte para Campo Grande e temos de torcer a favor e não só procurando culpados. Precisamos encontrar soluções e sermos criativos. Como podemos cumprir horário sem qualquer prioridade no trânsito ou faixa exclusiva para o ônibus?”
Por Michelly Perez e Tamires Santana – Jornal O Estado do MS.
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