Em reunião da Comissão de Mobilidade Urbana realizada na Câmara dos Vereadores de Campo Grande hoje (1º), o Diretor-executivo do Consórcio Guaicurus Robson Strengari apresentou alguns problemas enfrentados pela empresa terceirizada responsável pelo transporte público na Capital.
Segundo Robson, a proposta da reunião foi realizar um levantamento entre as secretarias públicas e o consórcio dos problemas gerais que a cidade enfrenta em relação à mobilidade urbana, para que um consenso resulte em melhoria na rota e na vida do condutor individual.
O diretor levou em público a questão do recente subsídio aprovado em 17 de janeiro, quando foi estabelecida a tarifa da passagem de R$ 4,40. Porém, Robson afirmou que os técnicos da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) realizaram um novo levantamento da tarifa, que chegou ao custo de R$ 5,15.
“De janeiro para cá, quando a tarifa vigorou, o valor do óleo diesel aumentou e ele é o segundo grande custo nosso. A conta não está fechando e precisamos chegar em uma tarifa onde o passageiro não pague. O interesse é que saia subsidio de algum lugar”, disse.
De acordo com Odilon de Oliveira, diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) “esses estudos são os chamados reequilíbrios econômicos, pedidos em decorrência de fatos extraordinários que afetam as tarifas, por exemplo, todo ano realizamos o reajuste anual em decorrência de uma recomendação do Executivo para aumento da tarifa.”
“Existem outros pedidos de reequilíbrios que estão sendo realizados. Quem determina se a tarifa aumenta ou não é o Executivo. A Agereg faz a recomendação para a prefeitura de acordo com o estudo pedido, não podemos afirmar que ela vai aumentar ou não.” Conclui.
Frota envelhecida
Durante a sessão, o diretor do consórcio relembrou que “o serviço do transporte não é do Consórcio Guaicurus, a responsabilidade é do município. Estamos fazendo a nossa parte, mesmo com uma frota envelhecida. Em sete anos nunca tivemos uma frota tão velha.”
“Não podemos trabalhar com ônibus velhos, o custo aumenta com peças, com funcionários. Hoje operamos com 389 ônibus e fora do horário de pico, cerca de 45% operam como recolhe,” reclamou Robson.
O diretor da Agereg confirmou a situação. “O contrato hoje se mantém quando há mais de 90 mil usuários por dia, para poder pagar as contas. Os ônibus são vistoriados pela nossa Agência direto e não rodam veículos que não estejam 100%. Os ônibus antigos geram custos maiores para manutenção.”
Por fim, Robson pontuou na questão que alguns pontos da cidade que não chegam ônibus. “Campo Grande é uma cidade muito esparramada. Muitas vezes a população decide abrir um conjunto residencial em um terreno distante que não tem asfalto, não tem ônibus, nem água. É um custo muito grande para todo mundo.”
Comissão permanente
A Comissão Permanente de Mobilidade Urbana realizou na manhã de hoje (1º), no Plenarinho da Câmara Municipal de Campo Grande, mais um debate sobre os gargalos do trânsito em Campo Grande.
Presidida pelo vereador Prof. André Luís (Rede), estiveram presentes além do vereador, o diretor da Agereg, Odilon de Oliveira, a diretora-adjunta da Agetran, Andreia Figueiredo, representante Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, os vereadores Ronilço Guerreiro (Podemos), Edu Miranda (Patriota) e Zé da Farmácia (Podemos), e lideranças de bairros.
Com informações Beatriz Feldens e Carolina Rampi