Na Capital, mais de 79 empreendimentos já foram vistoriados pelos Bombeiros em janeiro deste ano

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Enquanto isso, Camelódromo ainda aguarda a divulgação do laudo da perícia sobre causas do incêndio

 

Em Campo Grande, só em 2023 foram registrados 34 incêndios em comércios na Capital. Neste ano, de janeiro a fevereiro já foram contabilizados três casos, alguns desses mais graves ganharam repercussão. No primeiro mês deste ano, 79 licenças já foram expedidas em Campo Grande. O caso mais recente foi o que ocorreu no dia 11 de fevereiro no Camelódromo localizado na Avenida Afonso Pena deixando seis boxes danificados e fechando o centro comercial por dois dias.

Para o Jornal O Estado, Narciso Soares, presidente do Camelódromo de Campo Grande, informou que nesta semana deve sair o laudo da perícia que indicará as causas que provocaram o incêndio que deixou um prejuízo de R$ 2 milhões. Conforme noticiado anteriormente, os estragos só não foram maiores, graças ao Sistema de Contenção de Incêndios que foi acionado automaticamente logo após as primeiras chamas. Agora, segundo Narciso com o apoio de diferentes frentes, o foco está na reconstrução dos boxes e da parte elétrica.

“O prejuízo é em torno de R$2 milhões só que conseguimos uma verba de R$ 700 mil, para ajudar a reconstruir os boxes e a arte elétrica e junto ao Governo do Estado estamos estudando um apoio na reconstrução dos boxes, caso a gente consiga, vamos usar essa verba para reconstruir a parte elétrica do camelódromo”, pontuou.

Conforme informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros, somente em 2023 foram realizadas 1.324 vistorias em Campo Grande. Em uma média mensal, foram feitas cerca de 110 fiscalizações por mês. Neste ano, só em janeiro os bombeiros confirmaram que já foram 79 licenças expedidas.

Segundo os dados extraídos do Sistema Operacional da DAT (Diretoria de Atividade Técnica), entre as exigências verificadas nas fiscalizações, estão as condições de instalação e funcionamento das medidas de segurança contra incêndio, de acordo com as instruções técnicas vigentes do Estado, bem como documentos relacionados, tais como notas fiscais de extintores, anotações e registro de responsabilidade técnica.

Dentre as ocorrências que chamaram a atenção no ano passado. Está o incêndio registrado em julho de 2023, quando uma rede atacadista pegou fogo novamente em Campo Grande, isso por que em 2020 o mesmo mercado ficou 100% destruído depois de um incêndio de grandes proporções o local precisou ser reconstruído do zero.

Em agosto de 2023, um incêndio de grandes proporções atingiu uma fábrica de embalagens plásticas que fica localizada Rua José Barbosa Rodrigues, na Vila Popular, em Campo Grande. Também em 2023 uma oficina de carros ficou completamente destruídos após incêndio em uma oficina, no Jardim Autonomista, em Campo Grande.

De acordo com o ISB (Instituto Sprinkler Brasil) de maio de 2021 a abril de 2022, ocorreram 252 ocorrências de incêndios estruturais em indústrias. Muitas empresas nunca se recuperarão totalmente de um incêndio. Portanto, a prevenção é uma necessidade absoluta.

O PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios) é um conjunto de ações a serem executadas, visando proteger os ocupantes dos espaços físicos contra possíveis danos causados por incêndios. O PPCI é formado através de requerimentos, laudos, documentos comprobatórios, taxas e plantas.

Vale lembrar que ele não pode evitar todos os riscos, mas pode fazer o primeiro combate, para que um princípio de incêndio não se transforme em uma catástrofe. Todas as medidas tomadas para a prevenção de incêndios são averiguadas pelos bombeiros, através do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

 

Por Thays Schneider

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

 

Leia mais:

Brasil assina acordo para elevar número de mulheres exportadoras

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *