Na Capital, comerciantes adotam Pix e abandonam maquininhas

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Nilson Figueiredo

Em menos de um ano de funcionamento do Pix no Brasil, Mato Grosso do Sul já movimentou mais de R$ 24 bilhões com transações realizadas por meio da nova modalidade do Banco Central, que permite transferências e pagamentos instantâneos entre os usuários.

O volume dos procedimentos feitos até o momento com o Pix já supera a quantidade de envios de dinheiro por meio de DOC e TED, por exemplo. No Estado, mais de 32 milhões de transações foram computadas em dez meses de atuação do novo sistema. O valor registrado em MS coloca o Estado na 15ª colocação entre as unidades federativas que mais movimentaram dinheiro.

Na Capital, muitos já encontraram meios de faturar melhor com o Pix, até mesmo em situações inusitadas, como o caso do malabarista Joni Caribe. Ele conta que mora no Brasil há sete anos e viu no modo de transferência de valores uma alternativa para obter mais ganhos durantes suas performances nos semáforos da cidade.

Morando há dois anos em Campo Grande, ele comenta como surgiu a iniciativa de usar o sistema de transações instantâneas em suas apresentações. “No começo da pandemia, os carros que passavam fechavam a janela. Foi, então, que tive a ideia de oferecer o Pix, porque é uma ferramenta que não depende de contato físico. É um jeito fácil e seguro para quem tem receios por causa da pandemia”, explicou.

Vários estabelecimentos da Capital já adotaram o Pix como meio de pagamento dos produtos e serviços adquiridos. Mercados como Atacadão e Comper já estão aceitando o método. O cliente consegue levar os produtos pagando a compra por meio de um QR code disponibilizado no caixa.

Cuidados

Marco Aurélio é proprietário de um chaveiro no centro de Campo Grande e teve de abandonar a maquininha de cartão depois que foi cobrado por altos juros no uso do equipamento. O empresário diz que na sua loja só aceita dinheiro e Pix como forma de pagamento.

“A maquininha me roubou. Fiz uma venda de R$ 2,5 mil, no modo parcelado, e fui resgatar o dinheiro. Pensei que teria juros de R$ 300 ou R$ 400. Mas não, me roubaram R$ 1.050. Fui ao banco e eles me mandaram para a maquininha. Falei com o pessoal da maquininha e me mandaram de volta para o banco.”

“São muitas taxas, muitos descontos. E ainda têm algumas condições à vista, a prazo. Aí, decidi que, se eu tenho Pix e todo mundo tem Pix, não vou usar mais a maquininha. E o saldo final dela nunca bateu com as minhas contas. Eu também fiquei sabendo que tem maquininhas que têm taxas menores, mas por enquanto não pretendo voltar, pois a quantidade de clientes que perco por não passar cartão é muito pequena”, revelou Aurélio.

No Brasil, mais de R$ 1,5 trilhão já foram enviados ou pagos por meio do Pix desde seu lançamento, ocorrido em novembro do ano passado. A quantidade de uso dos clientes já atingiu 2,4 bilhões de procedimentos feitos com o recurso. O sucesso do Pix demonstra que a nova ferramenta caiu nas graças do brasileiro. (Texto: Felipe Ribeiro)

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