MS tem superávit de US$ 476 milhões na balança comercial

foto: imagem: Saul Schramm/Segov
foto: imagem: Saul Schramm/Segov

Milho e celulose foram os principais produtos exportados

 

Em Mato Grosso do Sul, a balança comercial fechou o primeiro bimestre do ano com superávit de US$ 476,05 milhões no ano, resultado de US$ 1.015 bilhão de exportações e US$ 539,1 milhões de importações, conforme os dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Nas importações o “gás natural, liquefeito ou não” se destaca como o principal produto importado, representando 49,08% da pauta de importações em janeiro e fevereiro de 2023, acima dos valores verificados no mesmo período em 2022, em 18,88%.

De acordo com o levantamento em relação aos principais produtos exportados “milho não moído, exceto milho doce” apareceu como o primeiro produto na pauta de exportações com 26,47% do total exportado em termos de valor que totalizou US$ 268,7 milhões e com crescimento de 380,93% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Em termos de volume, houve crescimento de 273,62%, com 922.699 toneladas. O segundoproduto da pauta foi “celulose”, com 23,52% de participação, com aumento, em termos de valor, de 13,93% em relação aos meses de janeiro e fevereiro de 2022. Já em termos de volume houve aumento de 0,60%.

 

Exportações

Já sobre o destino das exportações, houve uma concentração nas exportações para a China, que representou, neste ano, cerca de 26,11% do valor total das exportações. Os países com maiores aumentos na participação foram Irã (+1.675,07%) e Japão (+313,78%). A concentração nos dez maiores destinos das exportações passou de 68,36% a 70,80%, em jan-fev/2023, se comparado ao mesmo período do ano passado.

O secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Jaime Verruck, enfatiza que os dados do mês de fevereiro mostram que as exportações se mantiveram praticamente estáveis, em relação ao ano passado, acima de um bilhão de dólares neste ano, o que é positivo para Mato Grosso do Sul.

“Já nas importações observamos o crescimento de compra, sobretudo de gás natural, o que também é favorável. O maior volume do produto da Bolívia indica uma tendência que vem sendo observada na demanda pelo gás de forma geral, o que, do ponto de vista da arrecadação de ICMS, é benéfico para o Estado. Isso também é um indicativo de maior ocupação por parte dos setores econômicos que o utilizam”.

Contudo, sobre os produtos exportados, Verruck ressalta a novidade, que é o crescimento expressivo na venda, ao exterior, de milho.

“Enquanto no ano passado o milho representou menos de 5% das exportações, neste ano está em 26% do total”, acrescentou. Ele destacou que isso deve ter sido motivado por mudanças na tributação. “Mato Grosso do Sul tinha um estoque de mais de 6 milhões de toneladas de milho. O governo estabeleceu uma política de liberação tributária do milho e isso favoreceu a exportação destes grãos”.

Ainda com base nos dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo elaborada, o segundo produto que se mantém estável na balança é a celulose, que é vendida por três plantas industriais, situadas no município de Três Lagoas. “Por isso, o município continua sendo o primeiro no ranking exportador entre as cidades”, explica o secretário. Municípios

Por fim, em relação à questão regional no Estado, os dez principais municípios exportadores responderam por 81,87% das exportações neste ano. E, o principal município exportador, no período de janeiro a fevereiro de 2023, foi Três Lagoas, com cerca de 34,91% dos valores exportados, com composição baseada sobretudo nosetor de “papel e celulose”.

 

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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