MS tem a 3ª menor taxa de desemprego do país

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No primeiro trimestre do ano, o percentual ficou em 6,5%; o menor dos últimos cinco anos

Por Izabela Cavalcanti [Jornal O Estado]

Mato Grosso do Sul tem a terceira menor taxa de desemprego do Brasil, ficando em 6,5%, no primeiro trimestre do ano. Em relação aos últimos cinco anos, este é o menor percentual para o período.

Os dados constam na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE.

Mato Grosso do Sul fica atrás apenas de Santa Catarina (4,5%) e Mato Grosso (5,3%). O maior valor foi registrado na Bahia (17,6%). No mesmo período de 2018, o Estado registrou 8,5%; 2019, 9,5%; 2020, 7,9%; e em 2021, 10,6%.

Segundo o economista Eugênio Pavão, o ranking que o Estado apresenta surte mais efeito com os trabalhadores formais. “Trabalhos temporários e informais não ajudam muito, pois a renda é baixa e instável.

Trabalhos formais e estatutários são os mais interessantes em termos de renda e segurança”, explicou. Ainda de acordo com Pavão, quanto menor a taxa de desemprego, melhor para o governo.

“Quanto menor a taxa de desemprego, melhor para o governo, pois quando a inflação sobe, gera empregos e traz a reeleição, se a inflação baixar, aumenta o desemprego”, completou. Na avaliação do titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, o desempenho ajuda na retomada da economia. Para ele, isso é resultado das “ações do Governo do Estado para a retomada da economia, atração de investimentos e geração de empregos”, destacou.

Ocupação e desocupação

Nos três primeiros meses, o Estado registrou 2,15 milhões de pessoas em idade de trabalhar. Deste total, 1,4 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,31 milhão estavam ocupadas e 91 mil desocupadas.

O número de ocupações teve aumento de 78 mil (6,3%) pessoas em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a população fora da força de trabalho – que não estava nem ocupada nem desocupada na semana de referência – foi estimada em 754 mil.

Conforme a pesquisa, são 940 mil empregados no Estado Destes, 661 mil estão no setor privado, 183 mil no setor público e 95 mil são trabalhadores domésticos.

Taxa de informalidade

Em relação à taxa de informalidade, Mato Grosso do Sul apresenta a 6ª menor em comparação com outros estados brasileiros. O índice ficou em 35,47% da população ocupada, no primeiro trimestre do ano, representando 465 mil trabalhadores informais.

As maiores taxas ficaram com Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%).

Foram considerados empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.

Rendimento

Neste quesito, Mato Grosso do Sul tem o 7º maior rendimento médio habitualmente recebido, de R$ 2.741. O maior é registrado no Distrito Federal (R$ 4.247), seguido por São Paulo (R$ 3.107). O menor valor fica por conta do Maranhão (R$ 1.547), seguido do Piauí (R$ 1.660)

Setores

Conforme apurado pela Semagro, os setores que mais contrataram em relação ao mesmo trimestre do ano anterior foram: alojamento e alimentação (41,67%), indústria em geral (31,03%) e transporte e armazenagem (12,28%). Já os setores que mais demitiram foram: administração pública (3,28%) e agropecuária (2,91%).

Brasil

No Brasil, a taxa de desemprego ficou em 11,1%, no 1° trimestre de 2022. O número representa queda de 3,8 pontos percentuais, se comparado com o mesmo período de 2021, quando atingiu 14,9%.

O rendimento médio real mensal habitual foi calculado em R$ 2.548, tendo recuo de 8,7% ante o 1º trimestre do ano passado, quando foi registrado R$ 2.789.

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