Com 10 mil casos confirmados e 12 mortes, MS enfrenta epidemia de dengue

Aedes aegypti
Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande

Desde os primeiros meses do ano os casos de dengue têm crescido de forma alarmante em Mato Grosso do Sul. Dados do novo boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgados ontem (5), apontam que em todo Estado foram registradas 10.987 casos confirmados e 12 mortes pela doença em 2023.

Em uma semana, o percentual de casos prováveis subiu 21%, passando de 20.154 para 23.481, em relação aos casos confirmados a alta foi de 18%, visto que o último boletim contabilizou 9.296 confirmações.

Dentre as novas mortes registradas, está uma criança de 3 anos, residente de Campo Grande, a menina apresentou os sintomas da doença em 21 de março e morreu dez dias depois. A primeira morte foi de um homem de 36 anos, residente de Laguna Carapã, ele recebeu o diagnóstico de dengue em 17 de março e veio a óbito no dia 21 do mesmo mês.

Em Três Lagoas foram registrados dois novos óbitos, a primeira vítima foi uma mulher de 80 anos, que faleceu no dia 24 de março e a segunda, também do sexo feminino, tinha 82 anos e morreu no dia 27 de março. Ambas as vítimas tinham histórico de HAS (hipertensão arterial sistêmica).

No dia 29 de março a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um decreto de situação de epidemia pela doença em Campo Grande, a medida foi anunciada diante da superlotação das unidades de saúde e da alta constante no número de casos prováveis e confirmados na Capital.

As cidades que registraram maior incidência de casos por densidade populacional são Antonio João, Batayporã, Bodoquena, Alcinópolis, Jaraguari, Itaporã e Figueirão.

O último boletim da SES aponta ainda que 52,4% dos casos prováveis foram identificados em mulheres, enquanto o número de homens com suspeita da doença é de 47,6%. Pessoas entre 10 a 19 anos são as que mais testam positivo, cerca de 20% do total de casos prováveis.

No panorama nacional, Mato Grosso do Sul ocupa a 10º posição de incidência de casos, com 23.481 casos prováveis da doença, o que corresponde a uma incidência de 835,8 considerando que em todo o Estado, existem 2.809.394 habitantes.

Cuidados

O atual período de chuvas exige cuidados redobrados para prevenir a disseminação do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e chikungunya.

Para evitar a proliferação do mosquito a secretaria de saúde recomenda a limpeza diária dos locais utilizados para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos; recipientes para armazenamento de água devem ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena, ou tecidos de tramas fechadas, assim, evitando o acesso do mosquito; caixas d’água também devem passar por limpeza regularmente, além de estarem adequadamente fechadas.

Sintomas

Para identificar a Dengue é preciso atentar-se aos sintomas, entre os principais estão:

Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
Sangramento de mucosas;

Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se
levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de
maneira brusca);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito.

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