Mortes no trânsito da Capital caem pela metade nos primeiros meses do ano

acidente de transito
Foto: Marcos Maluf

Gerente de Educação cita importância do trabalho em conjunto com população 

Desde o ano passado, Campo Grande vem se destacando no que diz respeito a redução de óbitos no trânsito. Após as festividades de Carnaval deste ano, as estatísticas indicam que as ações de fiscalização e educação estão surtindo efeito. Na comparação com o ano passado, o registro de mortes já é 50% menor (até fevereiro de 2023 foram 8 mortes e no mesmo período de 2024 foram 4 óbitos). Em meio a esse cenário, houve um incremento de 70,53% das notificações, totalizando 4.809 registros na primeira quinzena de fevereiro e 1.152 atendimentos de sinistros.

Conforme dados BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), a redução também foi observada em relação aos sinistros com vítima, que em 2023 foi de 502 casos e neste ano, 444 casos (-11,5%), já sobre os sinistros sem vítimas a queda foi ainda mais significativa. Até o dia 15 de fevereiro de 2022 foram 932 ocorrências e no mesmo período deste ano, já são 708 casos (-24%).

Segundo a Gerente de Educação para o Trânsito, Ivanise Rotta, os números são positivos e refletem em uma maior conscientização da população. “Então, vemos que quando se tem uma fiscalização efetiva o resultado é imediato, a educação demora um pouco mais. É um avanço no trabalho e conscientização de sensibilização. Sempre devemos estar atentos, empáticos e sensíveis ao que pode causar a nossa conduta no trânsito. Então tudo que a gente espera quando fazemos as campanhas, os trabalhos nas escolas, os trabalhos nas empresas, nós contamos com os seres humanos que ainda cumprem as regras, não só no trânsito, mas na igreja, em seu local de trabalho, tudo isso, ele transfere para o trânsito”, declara.

Questionada sobre os bons resultados e o que tem sido feito para que eles sejam cada vez melhores e que a Capital tenha um trânsito seguro. Ivanize confirma que estudos são realizados em cada um dos sinistros com mortes para entender a dinâmica dos fatos e como isso pode ajudar no futuro. “É o resultado de um trabalho em conjunto, desde 2011 na década da segurança viária, foi criado o gabinete de Gestão Integrada para o trânsito, ele une hoje, 44 entidades governamentais, e não governamentais, parceiras que dentro de suas competências visam trabalhar em prol da segurança no trânsito da Capital. Por exemplo, quando temos um óbito em determinado local, temos um subgrupo que é o GAAT (Grupo de Análise de Acidentes de Trânsito) que vê quais foram as causas, não se procura o culpado, mas sim, entender as circunstâncias, para que outro óbito e acidentes graves não sejam registrados naquele local”, explicou.

Operação Carnaval 

Durante os seis dias, de 9 a 14 de fevereiro, em que os agentes de fiscalização do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) estiveram na Operação Carnaval, tanto nas vias urbanas (Campo Grande e Dourados) quanto nas rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul, sete pessoas foram presas em flagrante por embriaguez.

Das sete prisões, três foram feitas nas rodovias estaduais. O primeiro caso aconteceu ainda na sexta-feira, 9, quando a equipe de fiscalização estava em deslocamento na BR-060 na altura do KM 421, próximo a Sidrolândia um motorista foi avistado trafegando em zigue zague na rodovia e foi abordado. Foi feito o teste de bafômetro e o resultado foi de 1.50 mg/L e já foi encaminhado para a delegacia de polícia para as devidas providências.

Outro caso aconteceu na MS-04 no KM 12 no sábado, 10, a tarde, quando os agentes estavam fiscalizando a rodovia e o motorista ao avistar a equipe, tentou entrar no acostamento, mas estava totalmente desorientado ao fazer a manobra. Ao abordarem o motorista e feito o bafômetro, foi apontado o resultado de 1.17 mg/L e o condutor encaminhado a Delegacia de Polícia pelo crime de dirigir embriagado.

A terceira pessoa presa em flagrante por embriaguez na rodovia estadual ocorreu também no sábado, 10, na MS-178 entre Bonito e Bodoquena.

Crime

O Art. 306 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) diz que, conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência com pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

O motorista que se nega a fazer o bafômetro, está cometendo infração de trânsito, com multa no valor de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir durante 12 meses. Caso seja pego dirigindo durante a suspensão, a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) é cassada. O veículo fica retido no local, até aparecer uma pessoa habilitada, que não tenha bebido, pois vai fazer o bafômetro também e fica responsável pelo veículo a partir do momento que sair do local.

Por Michelly Perez.

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