Conselho de secretários solicita a inclusão da faixa etária de 3 a 17 anos no programa de vacinação
Na manhã dessa sexta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou da reunião mensal da CIB (Comissão Intergestores Bipartite), com os 79 secretários municipais de Mato Grosso do Sul. Na oportunidade o ministro destacou a união de esforços no processo de imunização contra a COVID-19 em todo o Estado e parabenizou os municípios pela celeridade na aplicação das vacinas, que já é referência no cenário nacional.
“Nós sabemos que essa pandemia é um problema de saúde pública internacional e afetou fortemente o Estado de Mato Grosso do Sul, mas as providências das autoridades sanitárias a nível estadual e municipal foram muito importantes para acalmar o contexto pandêmico, principalmente, com a campanha de vacinação, Mato Grosso do Sul é destaque e aplica 92% das vacinas que são distribuídas pelo Ministério da Saúde”, enalteceu o ministro.
Com o empenho de todos os setores, união, estados e municípios, em visita ao polo de vacinação contra a COVID-19 no drive-thru do Parque Ayrton Senna, o ministro avaliou que em breve o Brasil poderá voltar à normalidade.
“Nós temos condições de vacinar até 2,4 milhões de pessoas por dia, então a narrativa de que nossa campanha não ia bem está caindo por terra porque todo os dias temos um show do milhão. Estamos vendo redução nos números de casos, redução nas internações hospitalares e naturalmente vamos ter uma
redução na média móvel de mortes”, disse Queiroga.
No mesmo sentido do ministro da Saúde, o secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, afirmou que o sucesso de imunização no Estado é fruto da união dos municípios. “O principal modelo que adotamos no estado foi a unidade com todos os 79 prefeitos, secretários de Saúde e com o Ministério da Saúde, que nos deu muito apoio, principalmente na imunização das 13 cidades de fronteira, que diante do estudo conseguimos acelerar a vacinação nos outros 66 municípios. Esse trabalho foi formado por um verdadeiro exército”, pontuou Resende.
Questionado sobre o projeto de imunização na fronteira, o ministro da Saúde informou que a decisão de enviar mais doses exclusivas para essa região foi baseada em pareceres técnicos e não por influência. Ele ainda pontuou sobre a possibilidade da aplicação de uma terceira dose de reforço para quem recebeu a CoronaVac, mas que a decisão dependerá da ciência.
“Mato Grosso do Sul recebeu mais doses, pela sua situação epidemiológica, pois ele está em uma região de fronteira, e é possível que tenha outras variantes circulando, essa análise foi técnica. O Estado demostrou eficiência na aplicação das doses, as doses estão no braço. Já anunciaram até uma terceira dose de vacina, isso gera o quê? Uma guerra entre os estados e municípios. Nós nem sabemos como vai ser a terceira dose, estamos com duas pesquisas que o ministério está apoiando, temos de trabalhar em cima da ciência”, pontuou.
Além de agradecer o ministro pela vacinação em massa na fronteira que formou um cinturão de imunização, o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems-MS), Rogério Leite, solicitou inclusão da faixa etária de 3 a 17 anos no Estado.
“Tudo indica que seremos o primeiro Estado a terminar a vacinação em todo o Brasil, então pedimos uma atenção especial para a inclusão de pessoas com 3 a 17 anos no programa de operacionalização da vacinação para minimizar os prejuízos causados na educação. Espero que possamos fazer esse projeto em nosso Estado assim como fizemos o projeto de imunização na fronteira”, solicitou o presidente do conselho.
Durante agenda, o ministro de Saúde assinou o termo de compromisso para estruturação do Centro de Especialidades Odontológicas Tipo II (equipamentos) e o Termo de Compromisso para o credenciamento de 68 equipes de saúde bucal. Além disso, visitou o Hospital Regional, que é referência no tratamento de pacientes com o novo coronavírus.
(Texto: Jhefferson Gamarra)