Em decreto divulgado ontem (22), a prefeitura municipal de Campo Grande retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados na Capital, o que inclui escolas, supermercados e diversos outros lugares que geram aglomerações. No transporte público e ambientes hospitalares o uso da máscara segue obrigatório.
A decisão tem gerado controvérsias, visto que alguns campo-grandenses consideram muito cedo para liberar o uso do item que serve como proteção contra COVID-19. Em Campo Grande, existem cerca de 109 mil estudantes matriculados nas instituições de ensino da rede pública, por isso a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), recomenda que o uso da máscara seja mantido nas escolas.
Presidente da ACP, Lucílio Souza Nobre ressalta que o decreto não obriga que as pessoas tirem a máscara, por isso o uso deve ser mantido a fim de evitar a contaminação pelo vírus.
“Nas escolas é difícil manter o distanciamento, então que os alunos e toda a comunidade escolar tenham essa conscientização e continuem usando as máscaras, tem essa flexibilização e essa possibilidade. Mas não existe a obrigação de retirar a máscara”, explicou em entrevista ao O Estado Online.
Lucílio ressalta que a ACP segue as recomendações dos órgãos de saúde desde o início da pandemia, tendo sido pioneiros na solicitação pela vacinação dos professores, mas acredita que o uso de máscaras ainda é importante já que muitas pessoas ainda não se vacinaram.
“Tem muitos que resistem à vacina, a ouvir a ciência, prezam pelo negacionismo. Acredito que é importante respeitar os órgãos competentes, continuar higienizando as mãos, usando a máscara, o álcool em gel e se vacinar. Todo cuidado é pouco até porque a pandemia não acabou”, finalizou.