Mato Grosso do Sul tem 50,4 mil unidades com energia solar instaladas

Energia
Foto: Nilson Figueiredo

Em 2018 eram apenas 468 unidades solares

Unidades solares em Mato Grosso do Sul registraram expressivo aumento nos últimos cinco anos, chegando a crescer 100 vezes mais. Em 2018 eram apenas 468 unidades de Geração Distribuída de Energia; em 2022 contabilizam 50.408. Os dados são da Energisa

Em 2019, foram 2.213 unidades; em 2020 passou para 11.716; 2021, 16550; e 2022, momento atual, já registra 19.729.

No dia 16 de abril deste ano, a tarifa de energia elétrica teve reajuste médio de 18,16% para 1,08 milhão de consumidores em 74 municípios de Mato Grosso do Sul. Com isso, o método para a instalação de energia solar vem se popularizando não só no Estado, mas em todo o Brasil, onde muitos optam visando o desconto a longo prazo. “Aqui em casa optamos por colocar o fotovoltaico no início deste ano e foi um dos melhores investimentos que fizemos”, comenta o funcionário público, Célio Aristides Pereira Moram, de 34 anos. 

Completando quase um ano da utilização do serviço, o servidor dá detalhes de alguns dos benefícios obtidos, dentre eles a autonomia na utilização de equipamentos que necessitam de energia. “Era comum limitarmos o uso do ar-condicionado, por exemplo. Hoje com calor que anda fazendo em Campo Grande, ele tem sido o mais utilizado aqui em casa, além de vários outros aparelhos que compramos, como o fogão por indução, panelas elétricas e até climatizador na sala”.

Sobre o investimento, Célio explica que precisou fazer um financiamento onde levará seis anos para quitar o investimento feito em sua residência de cinco cômodos. 

Outro detalhe revelado pelo servidor é o fato de que as placas produzem energia mais que suficiente para sua residência dando espaço para a divisão com a sogra, que é sua vizinha, o que segundo ele resultou em vantagens ainda maiores, já que ao somar os valores de ambas às contas de luz, o resultado é um montante superior ao da parcela paga pela elaboração e instalação do kit fotovoltaico.

“Mesmo pagando o mínimo da Energisa, ainda compensa, pois é importante lembrar que o preço da energia elétrica sofre elevação periodicamente por diversos fatores, como a inflação, o que não ocorre com a solar. Levando em conta que nos próximos anos esses valores serão ainda maiores, minha economia será de igual ainda mais elevada”, ressalta Célio Moram.

Investimento

Conforme a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaicas), os investimentos realizados pela população sul-mato-grossense em energia solar chegam ao patamar de R$2,5 bilhões. Contando atualmente com um potencial energético de 466,9 MW (Megawatt). 

Nos primeiros 10 meses de 2021, foram investidos cerca de R$ 1,4 bilhão valor bilionário que foi dobrado neste ano. Ou seja, aumento de 78,57% no intervalo de um ano.

O Engenheiro Eletricista na EcoEng Soluções, Rafael Ferreira de Jesus, de 30 anos, destaca algumas informações do setor. A empresa é especializada no ramo fotovoltaico. “Um sistema solar hoje custa em média de R$ 15 a R$ 20 mil, porém, vale ressaltar que os valores variam de acordo com o consumo médio de cada local”, explica.

Outro fator evidenciado pelo eletricista é o crescimento da adesão da população ao método solar. “A procura cresceu bastante, aqui em Campo Grande e em todo Mato Grosso do Sul. Esse ano, o mercado esteve bem aquecido, até devido à questão da taxação que estava prevista para o início de 2023”, completa.

De acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em novembro deste ano, a energia rolar esteve presente em 100% dos municípios sul-mato-grossenses, são 52.372 usinas com potência de 495.943 kWp ((quilowatt-pico). As três cidades com maior número de usinas no MS são: Campo Grande (15.397), Dourados (7.388) e Três Lagoas (2.100).

Com base em dados da Aneel atualizados no último dia 20 de dezembro, Rafael ressalta que houve a instalação de 22.741 conexões por energia solar em MS. “Quando comparado a 2021 que registrou 17.826, podemos observar uma elevação de 27.57% no número de conexões.

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.

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