Nesta terça-feira (dia 8), em evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher, realizado na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) fez uma afirmação sobre a negociação salarial para os professores do município, que ainda corre quase como um “cabo de guerra” para ver se sai – ou não – o reajuste de 67,13% para a classe.
Em sua fala, o chefe do Executivo foi categórico: “não tem condição [de dar]. Você não acha que outras categorias queiram o mesmo aumento? Todo mundo perdeu na pandemia”, disse Marquinhos. Para ele, não há como conceder o reajuste de 100% que agora os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) cobram.
A contraproposta da prefeitura, entretanto, é de que os 67,13% a mais nos salários dos servidores da Educação sejam parcelados em seis vezes. Pelo visto, Marquinhos não teme pela greve da categoria, pois a classe já verbalizou em diversas assembleias e em entrevista à imprensa campo-grandense de que não vai fugir da “briga”.
“Depende mais dele [Marquinhos] do que de nós. Estamos já há três anos nessa discussão, sendo que nos dois últimos o reajuste foi de zero. Se o prefeito não ceder, não posso dizer que greve deixará de ser uma opção”, afirmou Lucílio Souza Nobre, professor e presidente da ACP-MS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).
Na coletiva, contudo, o prefeito espera que a greve não se concretize. “A Educação é um serviço essencial. Somente 30% [do efetivo] poderá paralisar”, revelou. “São 220 mil pais preocupados”, adicionou sobre o quantitativo de alunos que já se encontram em aulas presenciais.
Uma nova assembleia da ACP-MS será realizada nesta próxima sexta-feira (11) para definir ou não o estado de greve, que – caso aconteça – começará a partir do dia 16.