Marido pede investigação após morte de professora em posto de saúde da Capital

Graciela
Foto: Divulgação/Redes Sociais

Graciela Ribeiro da Silva, de 38 anos, veio a óbito na última quarta-feira (20) após dar entrada em um posto de saúde da Capital com crise de ansiedade. O marido da vítima registou um boletim de ocorrência alegando negligência médica e o caso é investigado pela Polícia Civil.

Conforme o boletim de ocorrência, por volta das 9h da manhã o marido da vítima recebeu uma ligação da esposa relatando ter passado mal enquanto esperava por atendimento em um salão de beleza e iria até a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Arnaldo Estevão Figueiredo.

Ao chegar ao posto, Graciela foi informada que precisaria estar de máscara para receber o atendimento, em seguida ela foi até um comércio próximo comprar o item de proteção contra Covid-19 e retornou ao posto de saúde onde foi atendida pelo médico de plantão.

O marido chegou ao local no momento em que ela recebia um medicamento em duas ampolas, aplicado junto ao soro. Segundo o boletim, ele chegou a questionar o médico sobre o remédio mas não obteve resposta, dois minutos após a aplicação Graciela começou a ter convulsões e mesmo sob pedidos de socorro ninguém interferiu e ela ficou aproximadamente dois minutos desacordada e com a cor roxa.

Ainda conforme o relato do marido, após o ocorrido ele foi retirado do local e em seguida recebeu a notícia da morte da Graciela. Ele também relatou que a vítima não tinha nenhuma doença pré existente, apenas fazia acompanhamento com psiquiatra.

O que diz a secretaria de saúde?

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu que o remédio administrado foi Dipirona e que Graciela foi questionada sobre ter alguma alergia a medicamentos antes da aplicação.

“A paciente deu entrada na unidade com um quadro de mal estar e leve dor no peito devido a uma suposta crise de ansiedade. Ela não apresentava nenhuma alteração na saturação, frequência respiratória ou na pressão arterial, foi questionada se teria alguma alergia a medicação e diante da negativa a médica informou que seria ministrado Dipirona”, explica a nota.

A Sesau também alega que o marido foi informado sobre toda a conduta médica e que a paciente convulsionou e foi assistida pela equipe da unidade que iniciou o protocolo de estabilização. O SAMU chegou a ser acionado para dar suporte no atendimento mas Graciela não resistiu e veio a óbito.

“A Secretaria Municipal de Saúde lamenta o ocorrido e se solidariza com os amigos e familiares pela perda e reforça que está à disposição das autoridades e da família para eventuais esclarecimentos”, finaliza a nota.

Graciela era professora da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande e atuava nas Emei’s (Escolas Municipais de Educação Infantil) Vó Fina e Clebe Brazil Ferreira.  Na manhã de hoje a Semed publicou uma nota de pesar pelo falecimento.

Semed

Foto: Divulgação/Semed

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