Mãe e filha presas por aplicarem golpe do “Boa Noite, Cinderela” também traficavam outras drogas

Itens apreendidos na casa das criminosas (Foto: Nilson Figueiredo)
Itens apreendidos na casa das criminosas (Foto: Nilson Figueiredo)

Na última quinta-feira (8), as duas foragidas da justiça, identificadas como Eliane Ajala e Edilene Ajala, foram presas por aplicarem o golpe do “Boa Noite, Cinderela”.

Durante a segunda fase da operação, os agentes da DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) receberam uma denúncia anônima de que as mulheres estariam em uma casa alugada no bairro Jardim Monumento. Ao chegarem ao local, encontraram uma jovem, que informou que sua mãe estaria em uma das casas da área, que se tratava de um loteamento.

Conforme relatado pela proprietária, a casa estava alugada para as suspeitas desde o dia 27 de julho. Ao entrarem na residência, os agentes encontraram uma grande quantidade de cocaína pura. O local era utilizado como laboratório para o recebimento e armazenamento de drogas. No total, foram encontrados cerca de 2,464 quilos de entorpecentes, além de remédios que poderiam ser utilizados para dopar as vítimas.

Após a prisão, as duas criminosas, mãe e filha, foram reconhecidas por todas as vítimas. Ambas responderão pelos crimes relacionados ao “Boa Noite, Cinderela”, tráfico e armazenamento de equipamentos destinados à manipulação e transformação de drogas.

No início das investigações, havia três vítimas. Após a divulgação da reportagem, o número subiu para seis. Quando questionadas sobre o crime, ambas optaram por exercer o direito de permanecer em silêncio.

Durante uma coletiva realizada pela DERF na manhã desta segunda-feira (12), o Dr. Jackson Frederico falou sobre o perfil dos homens que as criminosas buscavam. “São sempre homens de meia-idade, alguns casados, o que dificulta muito o registro da ocorrência posteriormente. Houve até um caso em que a vítima relatou que sua casa já havia sido invadida e subtraída, mas depois ele começou a contar o que realmente aconteceu, por vergonha. Esse é o perfil que essa associação criminosa busca, para evitar o registro da ocorrência e, consequentemente, a apuração dos crimes cometidos por elas”, concluiu.

Dr. Jackson Frederico (Foto: Nilson Figueiredo)

Além do dinheiro, as vítimas tiveram objetos de suas casas levados. Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 25.000, e, de acordo com o Dr. Jackson, não houve interesse por parte das criminosas em devolver os bens. “Nenhum dos bens foi localizado porque não houve nenhum arrependimento dessas mulheres. Houve um primeiro contato durante as investigações por parte de um advogado que se apresentou como representante de uma das suspeitas, afirmando que ela queria colaborar devolvendo alguns objetos, mas isso não se concretizou”, relatou.

Antecedentes

O histórico criminal das suspeitas revela uma vida marcada por crimes. A mulher mais velha já estava em liberdade condicional por roubo, tendo cumprido uma pena de dez anos em regime fechado. Ela tem uma recorrência específica na prática de roubos. A mais jovem tem passagem por tráfico de drogas, sendo também reincidente.

 

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